O escritor colombiano Gabriel García Márquez em 2014 - AP
A cidade de Aracataca, na Colômbia, onde Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, pediu, nesta sexta-feira, que o governo colombiano crie condições para que as cinzas do autor sejam recebidas ali. O município está em luto pela morte do escritor.
“Seria uma honra para nós cataqueros ter as cinzas do escritor”, diz o prefeito de Aracataca, Tufith Hatum, ao jornal El Universal. O mandatário também comenta que fará uma petição formal ao presidente Juan Manuel Santos sobre o assunto.
O prefeito declarou cinco dias de luto pela perda do Nobel da Literatura, dois dias a mais que o estabelecido nacionalmente por Santos. Na última quinta-feira, depois do anúncio da morte, centenas de fãs foram até a porta da antiga casa do escritor no vilarejo, que hoje é o Museu García Márquez, para prestar homenagens.
A irmã do escritor Aída García Márquez também pede à esposa do escritor, Mercedes, e seus filhos, que levem as cinzas para a cidade. “Gabito é da Colômbia. Devem trazê-lo de volta para cá. Para sua terra, que o inspirou a escrever quase todas suas obras magistrais”, diz Aída.
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Funeral - Aracataca organizará um funeral simbólico e simultâneo à homenagem que será feita na Cidade do México, na próxima segunda-feira, dia 21 de abril. “Estamos convidando à população para um enterro simbólico, para todos os cidadãos daqui e de cidades vizinhas que queiram participar”, diz o prefeito.
Apontada como a inspiração do escritor para a criação de Macondo, povoado fictício da obra Cem Anos de Solidão, Aracataca fica a 670 quilômetros de Bogotá, na região do departamento de Magdalena.García Márquez e sua família fixaram residência na Cidade do México há mais de 40 anos e dificilmente voltavam para visitar seu país natal.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, está confirmado na cerimônia oficial de homenagem ao escritor, que ocorrerá na próxima segunda-feira, no Palácio de Bellas Artes, no México.
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