E o menino vira Mito
Em Interlagos, Vettel, 25, leva seu terceiro título mundial seguido e entra para seletíssimo rol de ídolos da F-1
O alemão é agora o mais jovem piloto a conquistar um tri, superando Ayrton Senna Fotos: Reuters
"Schumacher, Fangio, Brabham, Stewart, Lauda, Piquet, Senna e agora você", enumerou Christian Horner, chefe da escuderia RBR, assim que Sebastian Vettel cruzou a linha de chegada do Grande Prêmio do Brasil.
Em Interlagos, o alemão chegou em sexto lugar, posição que, aliada à segunda posição de Fernando Alonso, lhe assegurou o tricampeonato mundial em Interlagos. "Eu avisei que tinham esquecido o Prost, que ganhou quatro títulos, mas como o rádio estava quebrado ninguém me ouviu", disse o alemão, com seu típico senso de humor, instantes depois de colocar seu nome entre os maiores pilotos da F-1.
Aos 25 anos e 144 dias, Vettel se tornou o mais jovem tricampeão mundial e derrubou uma marca que, desde 1991, pertencia a Ayrton Senna, então com 31 anos e 213 dias.
Mas não foi só. O alemão se transformou ainda no terceiro piloto na história a conquistar seus três títulos de maneira consecutiva, como haviam feito Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. Tudo isso na temporada que teve mais campeões mundiais na pista - eram seis.
"Estar aqui em São Paulo, onde Senna nasceu e está enterrado, e conseguir vencer meu terceiro título é especial", disse.
Vettel é cumprimentado por outra lenda da F-1, Michael Schumacher. Agora, os dois, ao lado de Fangio, são os únicos a conquistar um tri mundial seguido
Sprint
Para chegar ao título neste domingo, Vettel conseguiu uma incrível arrancada na reta final da temporada. Até a 13ª das 20 etapas do calendário, ele tinha conseguido ganhar apenas uma prova, no Bahrein. Aí, somou quatro vitórias seguidas (Cingapura, Japão, Coreia do Sul e Índia) e ultrapassou Alonso na liderança do campeonato.
Vettel entrou na última etapa com 13 pontos de vantagem sobre Alonso. Assim, bastava conseguir um 4º lugar no Brasil para ser tri. Mas o alemão levou um susto logo na largada, quando bateu em Bruno Senna e caiu para o último lugar. Por sorte, o carro da RBR não sofreu grande avaria e ele pôde terminar o campeonato apenas três pontos à frente de Alonso (281 a 278).
Brasileiros
Bruno Senna bateu logo na largada e, com o estrago no carro da Williams, foi obrigado a abandonar. Felipe Massa, por sua vez, conseguiu levar a sua Ferrari ao pódio, na terceira colocação.
Vettel diz que GP foi o mais difícil da vida e alfineta rivaisCampeão de 2012 com um sexto lugar em Interlagos, Vettel passou por dificuldades no GP do Brasil. Ele ainda criticou um suposto "jogo sujo" da Ferrari
Fernando Alonso ainda estava no pódio, falando com Nelson Piquet sobre a frustração de não ter ganhado seu terceiro título, quando Sebastian Vettel deixou os boxes da RBR ao som de "We Are The Champions" e entrou no escritório da equipe.
Depois de receber a visita de Bernie Ecclestone e falar com as TVs do mundo todo, o mais jovem tricampeão da história da F-1 ainda foi convocado a participar de uma entrevista coletiva oficial promovida pela FIA. Sentou-se na bancada reservada aos pilotos que haviam subido no pódio e fechou os olhos.
Só abriu quando ouviu a primeira pergunta. Ainda emocionado, demorava a achar as palavras para descrever seus sentimentos. Mas não perdeu a chance de alfinetar Alonso e sua Ferrari. "É difícil comparar os títulos, mas este foi bem difícil porque foi uma temporada de altos e baixos, não tínhamos o melhor carro e muita gente tentou nos derrubar de vários jeitos, dentro e fora das linhas", disse.
"Mas acho que o mais importante é você se olhar no espelho e estar feliz com o que você vê. Fui criado para ser honesto e acredito que há uma razão para termos conseguido o sucesso que conseguimos. Não quero dizer que sou um santo, mas acho que o importante é nos focarmos em nós mesmos porque o que os outros fazem não está em nossas mãos".
O mais difícil
O alemão, que terminou o campeonato com apenas três pontos a mais que Alonso (281 a 278), apesar de ter conquistado cinco vitórias contra três do ferrarista, afirmou que o GP de ontem foi o mais difícil dos 101 que já disputou na F-1. "Não foi nem por ser a última corrida da temporada ou por ter sido a que definia o título, mas foi por tudo que deu errado. Simplesmente tudo que podia acontecer, aconteceu", declarou o tedesco da RBR.
"Eu fui acertado logo na largada, caí para último, o rádio do meu carro não funcionava direito e a equipe não conseguia me ouvir. Acabei fazendo um pit stop a mais do que precisava porque começou a chover uma volta depois que eu tinha feito a minha parada. Enfim, acho que chegar em sexto no fim não foi de todo ruim", completou.
Schumacher dá novo adeus com sétimo lugarSete vezes campeão da Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher se aposentou de novo, desta vez de forma melancólica, com um sétimo lugar no GP Brasil, em Interlagos.
Se em 2006 deixou as pistas brigando pelo título, saiu agora após três anos sem ter desenvolvido um carro para brigar pelo Mundial. O que restou a ele foi cumprimentar efusivamente o agora tricampeão Vettel.
O piloto afirma que seus planos para o futuro incluem continuar trabalhando com alguns parceiros atuais, passar mais tempo com a família e montar mais a cavalo, paixão de sua mulher Corinna.
Mais velho"Não acho certo dizer que o Schumacher (hoje) não é aquilo que ele demonstrou (na conquista de sete títulos). Na verdade, ele é, só que ele ficou velho", disse Massa antes da corrida. "E isso é uma coisa totalmente natural. Temos que aceitar, como ele aceita muito mais agora. Deve ter entendido. Mas (o mau desempenho após o retorno) não tira o que ele fez, o piloto que foi"
O alemão é agora o mais jovem piloto a conquistar um tri, superando Ayrton Senna Fotos: Reuters
"Schumacher, Fangio, Brabham, Stewart, Lauda, Piquet, Senna e agora você", enumerou Christian Horner, chefe da escuderia RBR, assim que Sebastian Vettel cruzou a linha de chegada do Grande Prêmio do Brasil.
Em Interlagos, o alemão chegou em sexto lugar, posição que, aliada à segunda posição de Fernando Alonso, lhe assegurou o tricampeonato mundial em Interlagos. "Eu avisei que tinham esquecido o Prost, que ganhou quatro títulos, mas como o rádio estava quebrado ninguém me ouviu", disse o alemão, com seu típico senso de humor, instantes depois de colocar seu nome entre os maiores pilotos da F-1.
Aos 25 anos e 144 dias, Vettel se tornou o mais jovem tricampeão mundial e derrubou uma marca que, desde 1991, pertencia a Ayrton Senna, então com 31 anos e 213 dias.
Mas não foi só. O alemão se transformou ainda no terceiro piloto na história a conquistar seus três títulos de maneira consecutiva, como haviam feito Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. Tudo isso na temporada que teve mais campeões mundiais na pista - eram seis.
"Estar aqui em São Paulo, onde Senna nasceu e está enterrado, e conseguir vencer meu terceiro título é especial", disse.
Vettel é cumprimentado por outra lenda da F-1, Michael Schumacher. Agora, os dois, ao lado de Fangio, são os únicos a conquistar um tri mundial seguido
Sprint
Para chegar ao título neste domingo, Vettel conseguiu uma incrível arrancada na reta final da temporada. Até a 13ª das 20 etapas do calendário, ele tinha conseguido ganhar apenas uma prova, no Bahrein. Aí, somou quatro vitórias seguidas (Cingapura, Japão, Coreia do Sul e Índia) e ultrapassou Alonso na liderança do campeonato.
Vettel entrou na última etapa com 13 pontos de vantagem sobre Alonso. Assim, bastava conseguir um 4º lugar no Brasil para ser tri. Mas o alemão levou um susto logo na largada, quando bateu em Bruno Senna e caiu para o último lugar. Por sorte, o carro da RBR não sofreu grande avaria e ele pôde terminar o campeonato apenas três pontos à frente de Alonso (281 a 278).
Brasileiros
Bruno Senna bateu logo na largada e, com o estrago no carro da Williams, foi obrigado a abandonar. Felipe Massa, por sua vez, conseguiu levar a sua Ferrari ao pódio, na terceira colocação.
Vettel diz que GP foi o mais difícil da vida e alfineta rivaisCampeão de 2012 com um sexto lugar em Interlagos, Vettel passou por dificuldades no GP do Brasil. Ele ainda criticou um suposto "jogo sujo" da Ferrari
Fernando Alonso ainda estava no pódio, falando com Nelson Piquet sobre a frustração de não ter ganhado seu terceiro título, quando Sebastian Vettel deixou os boxes da RBR ao som de "We Are The Champions" e entrou no escritório da equipe.
Depois de receber a visita de Bernie Ecclestone e falar com as TVs do mundo todo, o mais jovem tricampeão da história da F-1 ainda foi convocado a participar de uma entrevista coletiva oficial promovida pela FIA. Sentou-se na bancada reservada aos pilotos que haviam subido no pódio e fechou os olhos.
Só abriu quando ouviu a primeira pergunta. Ainda emocionado, demorava a achar as palavras para descrever seus sentimentos. Mas não perdeu a chance de alfinetar Alonso e sua Ferrari. "É difícil comparar os títulos, mas este foi bem difícil porque foi uma temporada de altos e baixos, não tínhamos o melhor carro e muita gente tentou nos derrubar de vários jeitos, dentro e fora das linhas", disse.
"Mas acho que o mais importante é você se olhar no espelho e estar feliz com o que você vê. Fui criado para ser honesto e acredito que há uma razão para termos conseguido o sucesso que conseguimos. Não quero dizer que sou um santo, mas acho que o importante é nos focarmos em nós mesmos porque o que os outros fazem não está em nossas mãos".
O mais difícil
O alemão, que terminou o campeonato com apenas três pontos a mais que Alonso (281 a 278), apesar de ter conquistado cinco vitórias contra três do ferrarista, afirmou que o GP de ontem foi o mais difícil dos 101 que já disputou na F-1. "Não foi nem por ser a última corrida da temporada ou por ter sido a que definia o título, mas foi por tudo que deu errado. Simplesmente tudo que podia acontecer, aconteceu", declarou o tedesco da RBR.
"Eu fui acertado logo na largada, caí para último, o rádio do meu carro não funcionava direito e a equipe não conseguia me ouvir. Acabei fazendo um pit stop a mais do que precisava porque começou a chover uma volta depois que eu tinha feito a minha parada. Enfim, acho que chegar em sexto no fim não foi de todo ruim", completou.
Schumacher dá novo adeus com sétimo lugarSete vezes campeão da Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher se aposentou de novo, desta vez de forma melancólica, com um sétimo lugar no GP Brasil, em Interlagos.
Se em 2006 deixou as pistas brigando pelo título, saiu agora após três anos sem ter desenvolvido um carro para brigar pelo Mundial. O que restou a ele foi cumprimentar efusivamente o agora tricampeão Vettel.
O piloto afirma que seus planos para o futuro incluem continuar trabalhando com alguns parceiros atuais, passar mais tempo com a família e montar mais a cavalo, paixão de sua mulher Corinna.
Mais velho"Não acho certo dizer que o Schumacher (hoje) não é aquilo que ele demonstrou (na conquista de sete títulos). Na verdade, ele é, só que ele ficou velho", disse Massa antes da corrida. "E isso é uma coisa totalmente natural. Temos que aceitar, como ele aceita muito mais agora. Deve ter entendido. Mas (o mau desempenho após o retorno) não tira o que ele fez, o piloto que foi"
*Diário do Nordeste
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