domingo, 18 de novembro de 2012

Primeiro-ministro de Israel diz estar preparado para aumentar ofensiva sobre Gaza

Do UOL, em São Paulo


Ahmed Zakot/Reuters

  • Explosão atinge a Faixa de Gaza em nova ofensiva de Israel, desta vez pelo litoral, no quinto dia de conflitoExplosão atinge a Faixa de Gaza em nova ofensiva de Israel, desta vez pelo litoral, no quinto dia de conflito
Após Israel bombardear a Faixa de Gaza nas primeiras horas deste domingo (18), desta vez pelo litoral, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Exército está preparado para levar adiante a ofensiva e "fazer o Hamas pagar um alto preço" pelo lançamento de foguetes.
"O Exército está preparado para ampliar consideravelmente a operação", disse ao abrir a reunião semanal do Conselho de Ministros, a primeira desde que começaram os conflitos, na última quarta-feira (14).
Em um rápido discurso público, Netanyahu afirmou que "o Exército atacou mais de mil alvos terroristas na Faixa de Gaza e segue adiante com a operação neste momento, para causar mais dano às armas, aos que as operam e aos que as enviam".
Segundo a agência EFE, a Marinha israelense bombardeou “de maneira intensiva” diversas posições no litoral de Gaza. 
Um porta-voz militar israelense confirmou a retomada dos ataques: "a Marinha atacou alvos do Hamas no centro e norte de Gaza", acrescentando que as ofensivas na região são contínuas.
Os primeiros bombardeios deste domingo na Cidade de Gaza foram ouvidos por volta das 2h (horário local, 22h de Brasília). Segundo testemunhas, as ofensivas vinham do mar, com múltiplas explosões, seguidas, segundos depois, do barulho do impacto em terra.
De acordo com a agência EFE, colunas de fumaça podiam ser observadas em áreas residenciais próximas à praia.

Tensão entre Israel e palestinos




Foto 54 de 69 - 17.nov.2012 - Soldados israelenses trabalham em tanques em uma área de preparação ao lado da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, neste sábado (17) Mais Oliver Weiken

Número de mortos aumenta e jornalistas são feridos

Os ataques deste domingo já provocaram a morte de cinco pessoas, elevando para 48 o número de vítimas fatais desde que os israelenses iniciaram a operação "Pilar Defensivo", na quarta-feira (14). 
Ao menos duas crianças estão entre os mortos, e o número de feridos chega a 25. Segundo Ashraf Al Qedra, porta-viz do Ministério da Saúde do Hamas, as vítimas são os irmãos Tamer Abu Isefan, 3, e Yumana Isefan, 1.
Tamer al Hamri, dirigente da Jihad Islâmica, Samahar Qidih, 30, um morador de  Khan Yunes, Ali Bin Said, 25, e Muhammad Aydat, de Juhor Al Dik, no centro da Faixa, também foram mortos.
Também no centro de Gaza, bombardeios israelenses caíram em Al Shawa, um complexo que acolhe escritórios de vários meios de informação palestinos. 
O ataque atingiu o 11º andar do edifício e deixou ao menos seis jornalistas feridos. Ao menos três deles seriam funcionários da rede de televisão “Al Quds” (Jerusalém).
 “Pelo menos seis jornalistas ficaram feridos quando aviões israelenses bombardearam os escritórios das redes de TV “Al Quds”, confirmou Achraf al Qudra, um porta-voz de serviços de saúde de Gaza. 
Ainda de acordo com o médico, um dos jornalista precisou amputar uma perna.

Enviar Gaza “de volta à Idade Média”

O novo bombardeio surge horas após o ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, declarar, neste sábado (17), que "o objetivo da operação é enviar Gaza de volta à Idade Média". O anúncio foi feito após ataques aos edifícios governamentais do Hamas, na Faixa de Gaza, segundo o jornal israelense "Haaretz".
Yishai credita à ação a paz de Israel durante os próximos quarenta anos.

MAPA DA FAIXA DE GAZA

  • Arte/UOL
    Gaza fica a oeste, ao longo do Mediterrâneo
O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, afirmou também que se o Exército de seu país invadir Gaza deve ser para "ir até o final", em aparente alusão à derrocada do governo do Hamas.
"Estamos preparados para uma operação terrestre em grande escala, se for necessária, mas vale destacar que se o Exército entrar em Gaza não pode parar na metade, tem que ir até o final", declarou em um fórum cultural na cidade de Kiryat Motskin, perto de Haifa, no norte de Israel.
A aviação israelense bombardeou edifícios governamentais do Hamas na Faixa de Gaza neste sábado, incluindo o gabinete do primeiro-ministro, depois que o governo de Israel autorizou a mobilização de até 75 mil reservistas, como preparação para uma possível invasão terrestre à região.
Militantes palestinos em Gaza mantiveram os lançamentos de foguetes contra o território israelense. Um dos projéteis atingiu um prédio residencial na cidade portuária de Ashdod, destruindo várias sacadas. A polícia informou que cinco pessoas ficaram feridas.

ISRAEL DIVULGA VÍDEO DE ATAQUE QUE MATOU LÍDER DO HAMAS

O Hamas, grupo islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza, afirmou que mísseis israelenses arrasaram o prédio do gabinete do primeiro-ministro Ismail Haniyeh - onde ele se havia reunido na sexta-feira com o primeiro-ministro do Egito - e também atingiram um QG da polícia.
Com tanques e artilharia israelenses posicionados ao longo da fronteira de Gaza, e sem nenhum sinal do fim das hostilidades, agora no quarto dia, o ministro de Relações Exteriores da Tunísia viajou para o território palestino, para demonstrar solidariedade árabe.
Autoridades em Gaza disseram que 41 palestinos, dos quais quase metade civis, incluindo oito crianças e uma grávida, foram mortos desde o início dos bombardeios aéreos de Israel. Três civis israelenses foram mortos por um foguete na quinta-feira.
No Cairo, uma fonte governamental afirmou que o presidente do Egito, Mohamed Mursi, iria manter conversações com o emir do Catar, o primeiro-ministro da Turquia e o líder do Hamas, Khaled Meshaal, na capital egípcia neste sábado, para discutir a crise em Gaza.
O Egito vem trabalhando para restabelecer a calma entre Israel e o Hamas, depois que um cessar-fogo informal obtido pelo governo egípcio foi rompido nas últimas semanas. Meshaal, que vive no exílio, já havia mantido uma rodada de conversações com autoridades egípcias do setor de segurança. (Com agências internacionais)

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