A praia de Ponta Negra, um dos principais cartões postais de Natal, tem enfrentado sérios problemas com o acúmulo de lixo em sua orla. Por toda sua extensão é possível encontrar sacos plásticos, garrafas de água mineral, latas de refrigerante e, principalmente, cocos espalhados pela areia e pelo calçadão.
De acordo com comerciantes, o problema se alastra por mais de 40 dias, quando a empresa terceirizada que fazia a limpeza pública, a Marquise, deixou de receber o pagamento da Prefeitura de Natal. “Aqui era um exemplo de limpeza. Não podia cair um coco no chão que um gari vinha e apanhava. Hoje está assim, largado”, reclama o comerciante Clóvis Cassimiro, que trabalha há 40 anos na praia.
Segundo ele, são os próprios donos dos quiosques à beira mar que estão recolhendo o lixo deixado pelos turistas e dando destino. “A Urbana vem aqui uma vez ao dia, das 9h às 11h, e só recolhe o que está ensacado. O lixo que está espalhado eles não apanham. Somos nós que, às vezes, perdemos um dia de trabalho para deixar a praia um pouco melhor para o turista”, explica.
A guia de turismo Monara Araújo, que trabalha com passeios de buggy, diz que os trabalhadores da praia fazem cotas para pagar a carroceiros pela limpeza do calçadão. “Os problemas afastam os turistas. Muitos deles vêm para Natal com uma imagem e quando voltam do passeio de buggy dizem ‘nossa, que cidade suja’. Assim não adianta promover a cidade”, relata.
Clóvis Cassimiro acredita que as coisas não devem mudar daqui para o final do ano. “Com as proximidades das festas, em especial o réveillon, pode ser que a prefeitura volte a limpar a praia, mas acho difícil. Agora, só no ano que vem”, prevê o comerciante.
*Jornal De Fato
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