segunda-feira, 28 de julho de 2014

Em entrevista à Thaisa Galvão, Henrique conta como entrou e saiu do governo Rosalba e revela: “Eu vou ganhar a eleição

Nessa entrevista concedida ao Blog no meio da semana, o deputado Henrique Alves falou de sua relação com o governo Rosalba, do conselho político que na realidade nunca existiu, da saída do PMDB do governo…e faz uma revelação: vai ser eleito governador do Rio Grande do Norte.

Thaisa Galvão – Por que a aliança tem o DEM mas não tem a governadora Rosalba Ciarlini? Você até bem pouco tempo era aliado dela.
Henrique Alves – Veja bem, eu não votei na governadora Rosalba, eu votei em Iberê. Aliás, as pessoas se esquecem, mas na eleição passada eu votei no PSB. Eu votei em Iberê governador e votei em Wilma senadora. Eu não votei em Zé Agripino. Declarei à época, votei em Garibaldi para o Senado, em Wilma para o Senado acompanhando a aliança que eu assumi, e Garibaldi tomou um rumo diferente porque convivendo com Zé Agripino e com Rosalba no Senado criou uma afinidade pessoal e terminou apoiando Rosalba e Zé Agripino. Eu fiquei com Iberê e fiquei com Wilma, e com Garibaldi, lógico, para o Senado. Então agora vamos caminhar para a vitória com o PSB e com todos esses partidos acreditando que esse debate irá fazer uma campanha muito clara, e veja bem, eleição, vou deixar isso com muita clareza também, não é uma guerra. Não pode ser uma guerra onde as pessoas se armam para destruir umas as outras. Por uma razão muito simples: já foi no passado, e o que aconteceu depois? Os vencedores não eram vencedores. Eram pessoas mutiladas, que perdiam a autoridade, a liderança, a força política pra fazer o que o estado precisava que fosse feito. Então Rosalba, que Garibaldi apoiou e eu não apoiei, mas como eu perdi a eleição, Garibaldi ganhou, eu como democrata, não podíamos ficar separados. Você ganhou, eu perdi, vou me juntar a você e vou me juntar a Rosalba. Assim eu fiz, de forma pública aqui e em Brasília, aqui com a presidenta Dilma, tentei ajudar. Garibaldi quando foi lá pelo mês de maio, junho (2013) começou a dizer, ‘Henrique não tá dando certo, Rosalba não está nos ouvindo, a gente não está tendo uma participação maior. Eu pedi um pouco mais de tempo pra ver se melhora, Garibaldi’…

Thaisa Galvão – Você resistiu mais do que ele…
Henrique Alves – Porque nós tínhamos criado um conselho político em abril, pra se reunir, e não conseguiu se reunir uma vez sequer. Qual era a ideia do conselho? Todo mês uma reunião pra ouvir, as dificuldades…

Thaisa Galvão – A quem você atribui o fato do conselho não ter funcionado?
Henrique Alves – Eu acho que a ela mesmo que é a governadora. A ideia do conselho não era pedir coisas não, era a cada mês ter uma reunião para dizer as dificuldades do estado os problemas, o que ela estava fazendo, ouvir críticas construtivas, mudar ou aplaudir. Mas o fato é que a gente não se reuniu uma vez sequer. Aí a gente foi percebendo que a governadora não queria interagir, não sei quais eram seus objetivos, Garibaldi se afastou, deu várias declarações, Walter Alves deu várias antes, até que chegou uma hora que eu disse então vamos sair do governo. Então na hora que a gente sai do governo por não aprovar a conduta do governo, nada aqui do ponto de vista pessoal, pelo contrário, acho que é uma mulher honesta, simples, humilde, mas o seu governo, como governo, como atuação conjunta, o conjunto da obra, ele não conseguiu interagir, não conseguiu descentralizar-se, não conseguiu caminhar.

Thaisa Galvão – Quem perdeu com isso?
Henrique Alves - Eu acho que ela foi a maior vítima, começou a pagar o preço maior das coisas não acontecerem, como era o jogo do seu governo. Então por isso que nós nos afastamos do seu governo, não tinha sentido nós nos aliarmos a um partido sob seu comando. Era incoerente, era contraditório sair do governo, combatendo o governo, estarmos com ela agora no palanque. Aí foi quando o próprio DEM também insatisfeito, como o PR também, chegou à situação que chegou e a partir daí, com o comando do senador Zé Agripino partimos pra uma aliança proporcional com aquelas pessoas que estavam dispostas a fazer esse novo Rio Grande do Norte.

Thaisa Galvão – Rosalba teve que sair do jogo porque lhe atrapalhava? Você atuou junto ao DEM para tirar Rosalba do páreo?
Henrique Alves – Não, absolutamente, foi uma decisão dele, de Zé Agripino, que eu acho que eu acho que começava a se preocupar com a candidatura, que segundo eles, pela rejeição que tinha poderia não se viabilizar eleitoralmente a atingir a bancada proporcional. A mim, eu declarei várias vezes, cabia apenas aguardar, até porque o DEM não ia se coligar conosco majoritariamente, seria uma coligação proporcional, não haveria portanto o DEM coligado conosco, ajudando no tempo de televisão, na proposta principal de candidatura ao governo. Então tomaram a decisão que tomaram, aguardei a decisão e a partir daí o senador Zé Agripino nos procurou e eu o recebi muito bem porque é uma liderança nacional das mais respeitadas no país, e eu sei no Congresso Nacional, e nós estamos juntos aí recebendo a sua contribuição e o seu prestígio.

Thaisa Galvão – Você já parou pra pensar na possibilidade de perder a eleição e, depois de 44 anos na Câmara, pela primeira vez ficar sem mandato?
Henrique Alves – Não. Eu sou otimista. Eu vou ganhar a eleição. 

Foto Cláudio Abdon
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Fonte: Thaisa Galvão

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