sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Agripino admite fusão do DEM

Com uma bancada reduzida à metade nesta eleição em comparação à de 2010, o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN), considera que “há perspectivas” de a legenda se fundir com outras nos próximos meses. O dirigente afirmou, no entanto, que essa discussão não está na pauta “neste momento”. Em entrevista à Agência Estado, ele falou sobre o futuro do partido e lamentou a derrota na disputa pelo governo da Bahia, único Estado onde o DEM tinha possibilidade de vitória nesta eleição. “Há perspectivas ou a possibilidade de fusões, mas não está na nossa pauta neste momento”, afirmou o dirigente. Segundo ele, uma decisão final ainda deve passar pelos presidentes estaduais das legendas envolvidas nas discussões.
Magnus NascimentoJosé Agripino informa que há conversas com PSD e SolidariedadeJosé Agripino informa que há conversas com PSD e Solidariedade

“Estamos conversando. Houve um almoço de líderes partidários nesta semana, que reuniu DEM, Solidariedade, PSD, PSDC. Todos estão conversando sobre a prática da linha de oposição, linguagem da oposição e perspectiva de bloco. Se a perspectiva de blocos evoluir para fusões, poderá ser discutida, porque fusão tem implicações que remetem aos Estados. É uma coisa que tem de ser muito bem cuidada, precisa ter muita cautela”, ressaltou. Para Agripino, não está descartada, entretanto, a formação de blocos no Congresso com intuito de disputar cargos estratégicos como presidência de comissões e relatorias.

“A perspectiva de bloco partidário, sim. Isso está na ordem do dia entre os partidos que fazem oposição, como o DEM, o Solidariedade e outros que possam se associar conosco num bloco para exercer um número mais expressivo na ação de oposição”, disse. 

Em 2010, o DEM conseguiu eleger 43 deputados federais, número que caiu para 28 em 2012, depois de parte da bancada migrar para o recém-criado PSD, que passou a atuar em conjunto à base aliada Em relação à bancada do Senado, o partido iniciará a nova legislatura de 2015 com cinco senadores, um a mais em comparação com a atual. Há quatro anos, o DEM também chegou a conquistar quatro governos estaduais, mas nesta eleição não conseguiu eleger nenhum governador. 

“Se tivemos um revés, foi a não eleição que nós julgávamos muito provável para o governo da Bahia. Esse revés reconheço. Agora, o partido obteve 4 milhões de votos vencendo protagonismos de oposição, tem uma ideologia muito clara e quando a imprensa quer ouvir uma opinião de oposição, procura o Democratas”, destacou.

Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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