sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Candidatos ao Governo tentam conquistar indecisos

Os dois candidatos que concorrem neste segundo turno ao governo fizeram ontem à noite, na InterTV Cabugi, o último debate da campanha no Estado e tentaram conquistar os votos dos eleitores que permanecem indecisos. Com três blocos e mediado pelo jornalista Ari Peixoto, o debate foi marcado por discussões sobre temas como segurança, finanças públicas e saneamento. O momento mais acirrado foi no primeiro bloco, quando os eles questionaram um ao outro com temas livres.
Alex RégisMediado pelo jornalista Ari Peixoto, debate da InterTV Cabugi foi oportunidade para candidatos conquistarem os indecisosMediado pelo jornalista Ari Peixoto, debate da InterTV Cabugi foi oportunidade para candidatos conquistarem os indecisos

Primeiro a perguntar, o deputado Henrique Alves quis saber a opinião do adversário sobre o programa Minha Casa Minha Vida, que inicialmente previa a construção de imóveis para famílias de baixa renda nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Como relator, Henrique modificou o projeto para que o programa fosse levado a todos os municípios independente da população. Robinson Faria disse que o programa de Governo que defende prevê a construção 40 mil novas casas no Rio Grande do Norte para enfrentar o problema do déficit habitacional. Henrique acrescentou que são necessárias 80 mil moradias para resolver este problema no Estado.

No segundo bloco, com temas definidos por sorteio, os candidatos trataram de medidas que podem ser adotadas para o combate à corrupção. Questionado por Henrique Alves, o que faria para prevenir irregularidades, Robinson disse que defende a criação de um comitê, com participação do Ministério Público, TCE, TCU e Controladoria Geral da União, além de definir um setor unificado para compras governamentais. Henrique Alves destacou que, no exercício da Presidência da Câmara comandou a aprovação de projetos que proporcionaram transparência ao Poder Público. Ele afirmou que liderou a derrubada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que limitaria as investigações do Ministério Público. O candidato do PMDB também lembrou que articulou, como presidente da Câmara, a aprovação do fim do voto secreto para cassações de parlamentares.

Os limitações do Estado para investir também foi discutida pelos dois candidatos. Henrique Alves lamentou a situação do Governo, que tem atrasado o pagamento de salários dos servidores e acumula débitos, como na saúde, onde há um “rombo” mensal de R$ 20 milhões. Ele acrescentou que é necessário estabelecer um refinanciamento dos débitos tributário para que os inadimplentes paguem suas dívidas, o que melhoraria as finanças estaduais. Robinson Faria apontou que o Estado tem capacidade de investimento limitada, com a destinação de “apenas” 2,5% de orçamento para este tipo de gasto, o que, segundo o candidato, precisa ser ampliado.

As dificuldades em segurança pública também foram abordadas. Robinson Faria assegurou que destinará 10% do orçamento para essa área. Ele disse também que é preciso melhorar a tecnologia para os policiais. E defendeu o programa “Ronda no Quarteirão”. Henrique Alves ressaltou que é preciso unir e integrar as policiais civil, militar e o Corpo de Bombeiros. Ele afirmou que houve uma redução no número de policiais militares no RN, quando servia preciso que houvesse pelo menos 14 mil PMs na corporação. Apontou também que é preciso combinar ações de policiamento com programas sociais.

Os candidatos ainda debateram sobre saneamento básico. Henrique Eduardo disse que a Caern tem um importante papel estratégico. Para ele, os funcionários da companhia devem ser valorizados e lembrou que há R$ 1,4 bilhão do Governo Federal disponíveis para investimento em saneamento no Estado e é necessário um planejamento mais eficiente para aproveitar esses recursos. Robinson Faria acrescentou que atualmente o Rio Grande do Norte tem apenas 24 de seus domicílios interligados a uma rede de saneamento e, para ampliar essa infraestrutura, é preciso firmar parcerias com a Caixa Econômica Federal.

Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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