quarta-feira, 20 de maio de 2015

RN perde quase 6 mil linhas de celulares em um mês

O Rio Grande do Norte encerrou o mês de abril com 4.706.028 acesos em operação na telefonia móvel e densidade de 137,04 chips por cada grupo de 100 habitantes. A queda na base de clientes no RN segue tendência em algumas regiões do Brasil, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em comparação a março, houve queda de 0,13%, o equivalente a 5.912 linhas.

Esta é a terceira vez em oito meses que a Anatel registra movimento de queda no comparativo mensal. Em outubro, o número de acesos tinha caído para 4,62 milhões ante 4,63 em setembro, e em novembro para 4,61 milhões. Depois disso foi subindo até cair novamente em abril.
Ana silvaRio Grande do Norte tem 4,7 milhões de linhas na telefonia móvelRio Grande do Norte tem 4,7 milhões de linhas na telefonia móvel

Os dados da Anatel mostram que houve um crescimento acelerado da telefonia móvel no Rio Grande do Norte entre 2011 e 2012, quando os pontos de acesso passaram de 3,24 milhões para 4,24 milhões (30,9%). Nos anos seguintes o crescimento ficou na média de 3,55 levando em conta os meses de abril.

O balanço sobre teledensidade da telefonia móvel mostra que no Nordeste somente dois estados conseguiram aumentar a clientela. Foram Alagoas, com 8,702 novas linhas e Sergipe, com 900. Na Bahia foram desativados 36.079 pontos de acesso, ou 0,19% do universo de usuários. No conjunto, a telefonia móvel perdeu 84.453 linhas no Nordeste, cuja teledensidade caiu de 127.18 para 126,96.

Por questões de mercado, nem Anatel nem as operadoras divulgam a base de clientes por Estados. No plano nacional, o Brasil fechou abril com 283,5 milhões de acessos, leve aumento em relação a março, quando havia 283,4 milhões de linhas em operação.

A modalidade pré-paga continua representando mais de três quartos das linhas, com 213,46 milhões de acessos habilitados, ou 75,29% do total. Já as contas pós-pagas somam 70,06 milhões, ou os 24,71% restantes. 

A Telefônica/Vivo se manteve na liderança do mercado brasileiro em abril, passando de 81,879 milhões de linhas em março para 82,787 milhões no mês passado. Com isso, a companhia ampliou sua vantagem sobre a TIM, cujo número de chips ativos caiu de 75,749 milhões para 75,480 milhões de um mês para o outro.

A Claro também registrou queda no número de clientes em abril, passando de 71,941 milhões para 71,585 milhões. Abril também foi um mês de recuo para a base de clientes da Oi, que passou de 50,388 milhões para 50,116 milhões.

Qualidade

Com base no resultado de levantamento sobre os planos de melhoria das operadoras de telefonia celular, a Anatel determinou que Claro, Oi, Tim e Vivo, além de CTBC, Nextel e Sercomtel, melhorem seus indicadores de qualidade de rede em todos os municípios brasileiros. O levantamento foi feito ao longo de dois anos e, segundo a Anatel, nenhuma das operadoras cumpriu totalmente as metas prometidas em 2012.

“A agência concluiu que houve cumprimento parcial dos compromissos assumidos nos planos de melhoria e determinou a instauração de procedimentos de apuração de descumprimento de obrigações, que podem resultar em penalidades para as prestadoras”, informou a Anatel. Os indicadores de qualidade de rede foram acompanhados pela agência reguladora nas 27 unidades da federação, em suas capitais e nos municípios acima de 300 mil habitantes.

A Anatel estabeleceu prazos, em despachos decisórios publicados no Diário Oficial da União do final de abril, para que os resultados dos indicadores de acesso às redes de voz e de dados sejam superiores a 85% e os de queda de voz e de dados, inferiores a 5%. Os percentuais valem para todos os municípios onde pelo menos um deles esteja fora dos parâmetros estabelecidos. Em 329 municípios atendidos por apenas uma operadora, o prazo é de até seis meses. Em 247 com duas operadoras, até nove meses. Nos demais municípios atendidos por mais operadoras, 15 meses.

Os planos de melhoria foram apresentados pelas operadoras após a Anatel suspender, em julho de 2012, a venda de chips da Claro, Oi e TIM em vários estados, quando houve número expressivo de reclamações dos clientes.

Fonte: Tribuna do Norte

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