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A seca que vem castigando o Rio Grande do Norte há pelo menos 5 anos, tem afetado a ovinocaprinocultura. A produção de leite de cabra, por exemplo, foi reduzida quase pela metade.
Em 2012, essa produção chegava a 11 mil litros por dia. Atualmente, é de apenas 5,7 mil litros por dia. Além disso, a estiagem traz outros prejuízos, como a diminuição do rebanho de ovinos e caprinos no estado. Os animais estão sendo dizimados, principalmente, pela falta de alimentação adequada e escassez de água.
Para levar mais informações e medidas que possam minimizar esses efeitos, o Sebrae no Rio Grande do Norte realizou nove palestras voltadas aos produtores desse segmento, neste sábado (17), na programação do Espaço Empreendedor Rural, dentro da 53ª Festa do Boi, realizada no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.
Entre os temas discutidos, foi tratada a sanidade dos caprinos e ovinos e o uso do ultrassom no manejo reprodutivo, pelo veterinário Carlos Henrique Souza, consultor do Sebrae. “Atualmente, o principal mal que atinge os rebanhos é realmente a fome, devido à seca. Mas, para garantir a saúde dos animais, é imprescindível que seja realizado um trabalho preventivo, através da vacinação, evitando variados tipos de doenças. É isso que procuramos orientar aos produtores”, afirma Carlos Henrique, destacando que o uso do ultrassom também é uma medida preventiva. “O ultrassom é utilizado para avaliar os animais não gestantes e com problemas reprodutivos. Os animais que apresentam problemas e não possuem alto valor genérico, são destinados ao descarte”, esclarece.
O Sebrae desenvolve ações voltadasespecificamente para atender aos produtores do setor: os projetos Aprisco Potiguar e Bioma da Caatinga. O objetivo dessas iniciativas é o desenvolvimento social do setor, buscando o associativismo, e fortalecimentoda base produtiva, a partir de orientações.
Atualmente, mais de 700 produtores rurais são atendidos em todo o estado, com várias ações, como orientação técnica, auxílio para acesso ao mercado, capacitação e difusão de novas tecnologias. “Buscamos estimular a organização dos produtores em associações e cooperativas e desenvolver ações concretas para tentar recuperar o cenário, minimizando os efeitos da estiagem e ampliando a produtividade do rebanho”, destaca Vamberto Torres, gestor do projeto.
* Agência Sebrae
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