domingo, 5 de outubro de 2014

25 mil candidatos disputam votos de 142 milhões de eleitores pelo Brasil

Do UOL, em São Paulo

Uma quantidade recorde de brasileiros deve ir às urnas nas eleições gerais deste domingo (5). O número de brasileiros aptos a votar é de 142.822.046, um crescimento de 5,2% em relação aos 135.804.234 eleitores inscritos na Justiça Eleitoral em 2010. 

Além da Presidência, estão em jogo nas eleições deste ano os cargos de 27 governadores das unidades federativas, 27 cadeiras do Senado, 513 vagas de deputado federal e mais de mil cadeiras de deputado estadual. São quase 25 mil candidatos no país, incluindo os postulantes aos cargos de vice-presidente, vice-governador e à suplência de senador. A maior parte – quase 17 mil – disputa uma vaga de deputado estadual.

A presidente Dilma Rousseff (PT) busca a reeleição e lidera as pesquisas de intenção de voto. O senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB, aparece pela primeira vez numericamente à frente de Marina Silva (PSB), mas, considerando a margem de erro, Aécio e Marina estão tecnicamente empatados, segundo os últimos levantamentos do Ibope e do Datafolha. Se o tucano não for ao segundo turno, o PSDB terá seu pior resultado em disputas presidenciais desde 1989.

Marina, que era a candidata a vice e assumiu a cabeça de chapa após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em um acidente de avião em 13 de agosto, tenta ir ao segundo turno pela primeira vez. Em 2010, ela se candidatou pelo PV e ficou em terceiro lugar. Dilma e Marina podem fazer pela primeira vez na história do país um segundo turno entre mulheres.


2,4 milhões de mesários

O Estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, com 32 milhões de eleitores, mais que o dobro do segundo maior, que é Minas Gerais, com 15,2 milhões.

Rio de Janeiro (12,1 milhões), Bahia (10,2 milhões) e Rio Grande do Sul (8,4 milhões) completam a lista dos cinco Estados com mais eleitores.

No outro extremo, estão cinco Estados da região Norte: Rondônia, com 1,1 milhão de eleitores; Tocantins, com 997 mil; Acre, com 507 mil; Amapá, com 455 mil, e Roraima, com 299 mil.

O colégio eleitoral de Roraima é menor, inclusive, do que o total de brasileiros inscritos para votar fora do país. São 354 mil eleitores residentes no exterior – eles só podem votar para presidente. Haverá votação em 135 cidades de 89 países – as urnas ficam abertas das 8h às 17h no fuso de cada país.

De acordo com balanço preliminar do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ao menos 2,4 milhões de mesários trabalharão nas eleições – mais da metade é formada por voluntários.

Haverá presença de homens da Força Nacional de Segurança em 216 localidades do país. Estados como Amazonas, Maranhão e Paraíba contarão com o apoio de tropas.


Custos das campanhas e das eleições
As campanhas eleitorais de 2014 devem ser as mais caras da história do país. De acordo com o TSE, a soma do limite de gastos a serem feitos por todos os candidatos é de R$ 73,9 bilhões. Trata-se de uma estimativa informada pelos postulantes e está bem acima da soma das quantias desembolsadas em 2010, que ficou em R$ 48,4 bilhões. Boa parte dos gastos é bancada por doações, feitas principalmente por empresas.

Em relação ao custo da organização das eleições, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) só divulgará o valor ao final do pleito. Em 2010, a Justiça Eleitoral gastou R$ 524,1 milhões, o equivalente a R$ 3,86 por eleitor.

O horário eleitoral no rádio e na TV, cuja exibição é gratuita para os partidos políticos, deve custar R$ 839,5 milhões à União. O valor será descontado do total de impostos pagos pelas empresas de rádio e TV de sinal aberto, obrigadas a veicular a propaganda. Ou seja, trata-se de uma renúncia fiscal.

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