Ao comentar o anúncio sobre a intenção de aproximação entre Estados Unidos e Cuba, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para fazer propaganda do Porto de Mariel, projeto financiado com recursos do BNDES por meio de um contrato secreto.
“Fico muito feliz com o acordo entre os Estados Unidos e Cuba porque toda a política do governo brasileiro até agora tem sido enfatizar, e não só do ponto de vista retórico, mas com ações concretas, a forma pela qual Cuba tem de ser integrada”, disse, de forma oportunista, ao voltar da Argentina para o Brasil, depois de participar de uma cúpula do Mercosul. Suas declarações não anulam o fato de que o financiamento a uma ditadura foi pautado por questões ideológicas.
“Algo que foi tão criticado durante a campanha, o Porto de Mariel, mostra hoje mesmo a sua importância para toda a região. E para o Brasil principalmente na medida em que hoje o porto é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos”, ressaltou, tentando demonstrar a utilidade do empréstimo para modernização do porto – que, durante a construção, foi usado para embarcar armas para a Coreia do Norte.
“Eu achei fantástica essa retomada das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Acredito que isso é um marco das relações da nossa região”, completou Dilma.
(Com Estadão Conteúdo)
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