Roberto Lucena
Repórter
O Rio Grande do Norte possui 2.513 organizações sociais e produtivas, sendo 2.479 associações e 34 cooperativas, distribuídas nos 10 territórios do Estado. Deste universo, apenas 424 desenvolvem alguma atividade produtiva atualmente, o que representa 17% do total de organizações mapeadas. Sessenta e uma estão localizadas em locais onde não há fornecimento de energia e a maioria deseja algum financiamento para adquirir máquinas e equipamentos.
Os dados apontados acima fazem parte de um estudo inédito que será apresentado hoje (18), em cerimônia marcada para começar às 8h, na Escola de Governo. O mapeamento foi feito através do Projeto Integrado de Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Norte (RN Sustentável) em parceria com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC). O mapeamento é resultado de estudos que duraram cinco meses e investimento na ordem de R$ 400 mil.
De acordo com o economista e coordenador de planejamento do RN Sustentável, Breno Roos, o mapeamento é uma radiografia do Rio Grande do Norte que vai possibilitar a definição de estratégia de planejamento mais consistente do RN Sustentável. “Com os dados apurados no mapeamento, sabemos identificar quais as necessidades, limitações e vocações de uma determinada área e, assim, definir estratégias de desenvolvimento para aquela região”, explicou.
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O RN Sustentável é um projeto multissetorial que tem como meta contribuir para transformação do cenário socioeconômico do Estado por meio de um conjunto de ações articuladas destinadas à redução das desigualdades regionais, além de apoiar ações de modernização da gestão pública para prestação de serviços de forma mais eficaz e eficiente, visando à melhoria da qualidade de vida da população potiguar.
Uma das metas do RN Sustentável é abrir “Chamadas Públicas” para que empresas, organizações e outras entidades possam assegurar recursos públicos e desenvolver projetos. Com o mapeamento, os gestores poderão dividir as chamadas determinando que tipo de projeto será encaminhado para cada região. “Se uma região tem vocação para uma determinada atividade, abriremos chamada pública com essa finalidade”, acrescentou Roos.
O mapeamento também aponta as dificuldades e limitações das organizações sociais existentes. Um dos dados mais alarmantes assinala que apenas 17% das organizações desenvolvem algum tipo de atividade, ou seja, a maioria está estagnada. Segundo Ross, o estudo explica esse percentual. “Isso ocorre porque a maioria não tem acesso a recursos e não possuem organização eficiente. Falta, por exemplo, selo de inspeção sanitária para alguns, reuniões para definir metas, entre outros”, disse o coordenador.
O dado apontado no mapeamento deve ser base de projetos já no primeiro semestre de 2015. “Vamos trabalhar justamente com projetos que assegurem a possibilidade das organizações que estão sem produzir, tenham condições de comercializar algum produto ou atividade”, explicou Roos.
TRIBUNA DO NORTE
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