quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

PM faz operação na Favela do Mosquito, mas não prende responsáveis por “arrastão”

BPChoque foi até a favela do Mosquito procurar responsáveis por arrastão em via de acesso a Ponte de Igapó, mas não encontrou nenhum dos suspeitos pelo crime realizado

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Depois do “arrastão” realizado na madrugada desta segunda (29), na avenida Felizardo Moura, pouco antes da Ponte de Igapó, a Polícia Militar realizou uma operação na Favela do Mosquito, comunidade que fica localizada às margens da avenida, para tentar encontrar os responsáveis e também “reprimir” novas tentativas de ações criminosas. Porém, ninguém foi preso e nenhum objeto apreendido.

Segundo o major Marlon de Gois, do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), a operação foi uma resposta ao ocorrido durante a madrugada. “O que aconteceu foi muito grave e não poderia ficar sem uma resposta. Fomos até ao Mosquito, já que a ação criminosa aconteceu bem próxima ao local e também tivemos informações que os criminosos se deslocaram para a comunidade logo depois do ocorrido”, explicou.

Em relação ao fato de a operação ter terminado sem ninguém preso ou qualquer tipo de objeto apreendido, o major detalhou que isso é comum em ações como a que foi feita durante a noite. “Nós entramos na comunidade sem nenhum trabalho de inteligência. A nossa intenção foi de reprimir os criminosos e mostrar que nós não iremos mais tolerar nenhum tipo de ação como essa. Os criminosos precisam ter a ideia de que se ações como aquela acontecerem novamente, vamos voltar com ainda mais intensidade”.

Em janeiro, o BPChoque já tinha feito uma operação na Favela do Mosquito. Na ocasião, a polícia prendeu sete criminosos e apreendeu 53 kg de drogas, seis armas de fogo, aparato utilizado no refino, processamento e embalagem da droga, além de objetos roubados. Durante a operação houve troca de tiros, mas não houve vítimas. “Naquela operação, nós fizemos a abordagem depois de um longo processo de investigação. Como disse, a operação dessa segunda foi uma resposta ao que aconteceu na madrugada. Não é a maneira habitual que o BPChoque age. O BPChoque vai para as operações sabendo exatamente onde agir e os locais onde procurar”.

Nesta terça (30), uma outra vítima do arrastão relatou o momento de terror que sofreu durante o arrastão. “Impressionante o mundo que estamos vivendo. Ontem no início da madrugada, estava voltando da Zona Norte, sentido centro. Vinha transitando normalmente até alguns metros após barreira policial que, diga-se de passagem, estava inoperante. De repente fui surpreendido por carros freando bruscamente e ligando pisca-alerta, o que a principio acreditei ser apenas algum acidente ou coisa do tipo, mas logo percebi que não era “só” um acidente, pois vi pessoas armadas (com armas de fogo, inclusive de alto calibre). A minha reação, um pouco inconsequente, mas que me livrou daquele perigo, foi aumentar ainda mais a velocidade e sair “costurando” alguns carros, chegando ao ponto de quase atropelar uma meliante armada, que se “jogou” pelo canteiro central, seguido de um barulho tremendo do lado esquerdo do meu carro (uma pedra enorme). Juro, pensei que havia morrido, pois imaginei ser um tiro”.

Polícia prende um dos homens que assaltou vice-governador eleito

A Polícia Civil prendeu nesta terça (30), Leonardo dos Santos, 20 anos, suspeito de ser um dos homens que assaltou o vice-governador eleito do RN, Fábio Dantas, na madrugada do dia 18 de dezembro, quando ele, na companhia da advogada Tatiana Mendes Cunha, estava saindo do apartamento do governador eleito Robinson Faria, na praia de Areia Preta.

Leonardo foi preso de posse de uma arma ponto 40, de uso restrito da Polícia Militar, com 2 carregadores municiados. A arma pertence à PM/RN. Leonardo confessou ter participado do assalto e afirmou ter ficado com R$ 250. O assaltante que só ficou sabendo que tinha roubado o vice-governador no dia seguinte ao ocorrido. Além de Leonardo, durante as investigações também foi identificado um segundo elemento que participou do crime. Emerson Domingos Duarte, vulgo “Garguelão”, está sendo procurado pela Polícia.

Em contato com o Jornal de Hoje, Fábio Dantas detalhou os “cinco minutos de terror” que ele e Tatiana Mendes viveram nas mãos dos bandidos. “Quando nós estávamos saindo do prédio, os criminosos chegaram. Eram seis no total. Quatro nos abordaram e outros dois ficaram dando cobertura. Eles ficaram com as armas apontadas para as nossas cabeças, nos ameaçando e pedindo todos os objetos que tínhamos. Foi realmente uma situação muito delicada e muito traumatizante. Um sufoco muito grande”.

O Jornal de Hoje

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