segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

OBRAS CONTRA SECA


Integração deve investir R$ 5 bi


Os editais que visam a última etapa da transposição do São Francisco serão publicados em 2013


Brasília. Os investimentos em barragens, adutoras e outras obras de infraestrutura para enfrentamento de secas extremas e outros fenômenos climáticos pode ultrapassar a cifra dos R$ 5 bilhões no ano que vem, considerando apenas os recursos do Ministério da Integração Nacional projetados para 2013.


De acordo com o ministro Fernando Bezerra, a entrega da obra de transposição do Rio São Francisco estará garantida em 2015 FOTO: AGÊNCIA BRASIL

A estimativa apresentada esta semana pelo ministro Fernando Bezerra Coelho tem, ao menos, duas justificativas. A primeira é que, neste ano, foram investidos mais de R$ 3 bilhões. Em 2011, a cifra foi R$ 2,8 bilhões. A outra motivação para o otimismo em relação aos investimentos é o calendário das obras de transposição do Rio São Francisco.

De acordo com Bezerra, a entrega da principal obra do governo brasileiro e o cumprimento da promessa de abastecimento de água para a região Nordeste, a mais afetada pelas estiagens, estará garantida em 2015. Isto porque os editais para contratação das empresas que farão as últimas etapas da transposição devem ser publicados até o final de fevereiro de 2013.

"As obras ainda não concluídas no Eixo Leste que vai garantir a distribuição de água a municípios da Bahia, de Pernambuco e da Paraíba estarão todas contratadas até junho", disse.

Do lado norte das obras, os dois eixos que garantem o fornecimento de água do município pernambucano de Cabrobó para Jati e Mauriti, no Ceará, já estão contratados. "Até o dia 30 de janeiro, publicamos o edital da terceira meta, que garante o abastecimento de água até a Paraíba", acrescentou.

Fernando Bezerra reconheceu atrasos que poderiam ser evitados, mas garantiu que a obra será concluída em tempo considerado normal para o tipo de investimento. Ao citar projetos semelhantes desenvolvidos em outros países, o ministro assegurou que o trabalho está dentro do prazo de todas as transposições feitas no mundo. "Só não vamos ganhar dos chineses", admitiu. Segundo ele, o tempo dessas obras variou entre 20 e 40 anos. Apenas a China conseguiu concluir em dez anos o projeto de transporte de água do Rio Amarelo (Huang He).

O ministro destacou que a transposição não tem sido o único investimento público na região. Ele citou obras como o Eixão das Águas, no Ceará, que garante 60% da água em Fortaleza, a adutora em Irecê, na Bahia, e a adutora do Agreste, no Rio Grande do Norte. 

Diário do Nordeste

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