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O papa Bento 16 realizou neste domingo seu último Angelus, tradicional cerimônia de oração dominical pronunciada a partir da janela de seu apartamento no Palácio Apostólico.
O pontífice, que renunciará ao posto máximo da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro, começou sua bênção agradecendo a presença dos milhares de fiéis que lotaram a praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo, e suas orações pela igreja.
Papa Bento 16 realiza último Angelus
Alessandro Bianchi/Reuters
O papa Bento 16 discursa para cerca de 2.000 fiéis que acompanham
a última benção do Angelus de seu pontificado
"O Senhor me chama a subir o monte, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isso não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é para que eu possa continuar a servi-la do mesmo modo dedicado com que o fiz até agora, mas de acordo com a minha idade e as minhas forças", disse Bento 16.
O papa reforçou o valor da oração, "que dá fôlego a nossa vida espiritual" e disse que orar não é "isolar-se do mundo e de seus problemas, mas tomar o caminho da ação".
Cerca de 200 mil pessoas acompanham a cerimônia. Quatro telões foram instalados no local, lotado por peregrinos e turistas.
A segurança do lugar foi reforçada por 2.000 homens, entre agentes de polícia e voluntários. Também foram instalados detectores de metal na praça.
Antes da cerimônia, o papa teve um encontro com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, no qual afirmou que rezaria pelo país. Napolitano, por sua vez, garantiu a Bento 16 que o povo italiano continuará acompanhando o pontífice "com afeto" nos próximos anos.
ÚLTIMA MISSA
No dia 27, Bento 16 presidirá sua última missa, que será realizada na praça de São Pedro, na qual se despedirá pela ultima vez de seus fiéis. No dia seguinte, sairá em um helicóptero da residência dos papas e deixará de ser pontífice.
Joseph Ratzinger trocará a batina branca por uma vestimenta negra. Na cabeça levará uma simples boina, segundo analistas italianos.
Ratzinger ficará na residência de Castel Gandolfo por pelo menos dois meses, até que sejam concluídas as obras do mosteiro Mater Ecclesiae e também para evitar encontros com os cardeais do conclave, hospedados na vizinha casa de Santa Marta.
Folha de São Paulo
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