O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, e o administrador paroquial de Caicó, Padre Ivanoff Pereira, se reunirão com a Governadora Rosalba Ciarlini, nesta segunda-feira, 26, às 15 horas, na governadoria. A pauta será a situação das famílias que serão atingidas pela construção da Barragem Oiticicas, no município de Jucurutu, na Região do Seridó, e as atingidas pelo Projeto de Irrigação do DNOCS, na Chapada do Apodi, no oeste potiguar.
Já, no dia 4 de setembro, Dom Jaime, Dom Mariano e Padre Ivanoff vão realizar uma visita pastoral às famílias envolvidas nos dois projetos. Às 10 horas, a visita acontecerá ao Distrito de Barra de Santana, em Jucurutu, e, às 17 horas, ao acampamento das famílias do Projeto do DNOCS, na Chapada do Apodi.
Dom Jaime, Dom Mariano, Padre Ivanoff, o Diácono Francisco Teixeira e o agrônomo José Procópio de Lucena, os dois últimos do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários - SEAPAC, estiveram reunidos em Caicó, no último dia 16, para tratarem da situação das famílias envolvidas nos dois projetos. No final da reunião, os representantes da Arquidiocese de Natal e das Dioceses de Caicó e de Mossoró emitiram uma nota ao povo de Deus, do Rio Grande do Norte. Na nota, os bispos afirmam que a Igreja Católica vai "prestar apoio às famílias acampadas na Chapada do Apodi, porque desejosas de acesso ao direito à terra, à água para o consumo humano e para a produção agroecológica e solidária, visto que há mais de meio século vivem da agricultura familiar naquela região". Quanto à Barragem de Oiticica, os bispos conclamam os cléricos, os fiéis batizados e a sociedade civil organizada para "reconhecer a importância que terá para a toda a Região do Seridó potiguar a construção da Barragem de Oiticica". "Contudo - alertam os bispos - a todos se impõe o compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais das famílias que serão atingidas diretamente pela construção dessa barragem."
No final da nota, os bispos escrevem: "Cremos que o respeito à pessoa humana e às famílias atingidas por esses projetos, devem orientar a todos na busca das melhores soluções que amenizem o sofrimento dessas famílias, restituindo-lhes a esperança e a crença de que continuarão a ser sujeitos protagonistas de suas histórias e do próprio desenvolvimento social, econômico e político, como expressão maior da fé que se traduz no compromisso com a vida e com a dignidade humana."
Da assessoria/Jornal de Fato
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