O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes [Dnit] começou ontem a pintura da sinalização horizontal – faixas que separam mão, contramão e acostamentos – da Reta Tabajara, na BR-304. O trecho da rodovia passou por trabalhos de recuperação asfáltica nas últimas semanas. De acordo com o Dnit, a sinalização ainda é provisória e foi instalada para evitar acidentes devido a região ser considerada perigosa.
Adriano Abreu
Ontem, ainda sem sinalização horizontal, motoristas faziam manobras proibidas colocando em risco os demais condutores
O superintendente do Dnit no Rio Grande do Norte, Walter Fernandes, explicou que a obra faz parte de um programa anual de recuperação da malha viária de responsabilidade do Governo Federal. “Temos dois programas: o Crema 1 e o Crema 2. O primeiro tem um efeito menos estrutural e mais funcional. É colocado um micro-revestimento, que dá mais durabilidade, melhor impermeabilidade ao asfalto, por exemplo. O segundo depende de uma maior intervenção, drenagem, pavimentação mais espessa, entre outras coisas”, explica.
A obra realizada na reta Tabajara, além de outros trechos da BR-304, faz parte do segundo tipo de projeto. Nesta etapa, dois quilômetros passaram pelos serviços. “Não é só o asfalto. Até mesmo o capim que margeia a estrada é cortado na altura de 30 centímetros”, argumenta. Outras estradas que passam pelo mesmo tipo de intervenção, atualmente são a BR-226, que passa por Santa Cruz e vai até o município de Patu, no Oeste potiguar, e a BR-427, que passa por Caicó, na região Seridó.
Ainda de acordo com Walter Fernandes, a sinalização instalada após a pavimentação ainda é provisória, porque a licitação do programa BR Legal, que prevê restauração e manutenção da sinalização horizontal e vertical das estradas federais, ainda está em andamento. Apenas para este tipo de trabalho, são previstos recursos da ordem de R$ 20 milhões.
Sem a sinalização horizontal, os motoristas não sabem em que trecho é permitido ou não ultrapassar. A TRIBUNA DO NORTE flagrou o momento em que carros e motos tentavam fazer uma ultrapassagem na Reta Tabajara sem saber se o trecho era seguro para a manobra. Na tarde de ontem, ainda não havia faixa dividindo as mãos da via. Um caminhão, concluía, no lado direito da pista (sentido Natal – Macaíba), a pintura da faixa lateral, que separa a pista e o acostamento. “Se você perceber as linhas são mais finas que o padrão. Foram colocadas provisoriamente justamente para evitar acidentes. Quando for a fixa, vai ser tudo: placas, meio fio, tudo muito bem sinalizado”, explicou o superintendente.
As faixas pintadas na BR-101, entre o viaduto de Ponta Negra e o complexo viário do 4ª Centenário também serão provisórias pelo mesmo motivo. “É mais para trazer segurança, enquanto o programa é licitado”, explicou. Este trecho urbano está recebendo apenas o micro-revestimento.
O Dnit é responsável por 1.370 quilômetros de vias no Estado. No ano passado, R$ 70 milhões foram aplicados na manutenção, restauração e recuperação de vias no Rio Grande do Norte. O Governo Federal já destinou R$ 93 milhões para este tipo de gasto em 2014. Porém, outros tipos de projetos também estão inclusos no orçamento. “Temos nove contratos que cobrem todas essas estradas”, disse o superintende. Apenas o trecho da BR-406, da entrada do Aeroporto Governador Aluísio Alves até o município de João Câmara está descoberto pelo CREMA.
Walter Fernandes esclareceu que o trecho já está sendo licitado e será contemplado até a entrada de Macau. Quando o programa BR Legal estiver em execução, as estradas federais que cortam as terras potiguares receberão sinalização padronizada.
TRIBUNA DO NORTE
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