ENVIADO ESPECIAL A PIPELINE (HAVAÍ)
O paulista Gabriel Medina, 20, estreou com vitória na última etapa do Mundial de surfe, na praia de Pipeline, no Havaí, nesta sexta-feira (12), e pode levar o título já neste sábado.
Com ondas de 2,4 a 3 metros, o brasileiro venceu a sua bateria contra o australiano Dion Atkinson, 28, e o havaiano Reef McIntosh, 38, e avançou diretamente para a terceira rodada da competição.
O brasileiro depende das condições do mar para a realização da etapa e dos resultados dos rivais, mas pode já garantir o título no segundo dia de competição.
"Amanhã (sábado) eu vou assistir ao campeonato e torcer depois para que tudo esteja do meu lado", disse Medina após sair do mar, nesta sexta
Editoria de arte
A bateria de Medina não teve grandes ondas. O brasileiro, que luta para se tornar o primeiro surfista do país a conquistar o título mundial, teve um 3.33 e um 5.50 como as suas melhores notas. Somou 8.83 pontos. Foi o suficiente para avançar no campeonato.
"Foi uma vitória muito importante. Não tive muitas oportunidades, mas escolhi as melhores ondas e acabou dando certo", disse Medina.
A segunda posição ficou com McIntosh, que fechou a sua participação com 5.10 pontos, enquanto Atkinson (3.30) terminou em terceiro. Os dois foram para a repescagem.
Os adversários de Medina na terceira fase ainda não foram definidos.
Se o brasileiro avançar para a quarta rodada, ele já elimina o americano Kelly Slater, 42, da briga pelo título. Só vai sobrar o australiano Mick Fanning, 33.
O australiano, principal rival de Medina pelo título, não teve grandes problemas e também avançou à terceira rodada diretamente. Em sua bateria, ele somou 12.16 pontos e ficou na frente do espanhol Aritz Aranburu (9.27) e do havaiano Makai McNamara (2,20).
Já Slater, 11 vezes campeão mundial e dono de sete vitórias em Pipeline, não se deu bem e terá que passar pela repescagem para continuar vivo na luta pelo título.
Em uma bateria muito disputada, o americano liderava até os segundos finais, quando viu o australiano Adam Melling, 29, virar na última onda e fechar a sua participação com 15.90 pontos, contra 15.80 de Slater, que ficou na segunda posição, acima do havaiano Dusty Payne (13.84 pontos), 25.
VEJA O QUE MEDINA PRECISA PARA SER CAMPEÃO
Se chegar até a final no Havaí, Medina conquista o título mundial sem depender de outro resultado;
Se perder nas quartas ou na semifinal, tem que torcer para Mick Fanning não ganhar a etapa;
Se perder na quarta ou na quinta rodada, Medina acaba com as chances de título de Kelly Slater e tem que torcer para Fanning não chegar à final;
Se perder na segunda ou terceira rodada, precisa torcer para Slater não vencer a etapa e Fanning não chegar à semifinal;
Neste último caso, se o australiano parar nas quartas, há bateria extra
Folha de São Paulo
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