Goiânia (GO) - Gazeta Press - A Seleção Brasileira recebe a Argentina às 22h, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO), pelo confronto de ida do Superclássico das Américas. A competição, que começou a ser disputada no ano passado, em uma reedição da extinta Copa Roca, teve o Brasil como campeão em 2011. Naquela ocasião, os brasileiros venceram por 2 a 0 em Belém (PA), depois de terem arrancado empate sem gols em Buenos Aires. Como a cada ano o mando de campo será invertido, o duelo de volta em 2012 acontecerá no dia 3 de outubro, na cidade argentina de Resistencia.
Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira, chega pressionado para este compromisso. Nem mesmo a goleada de 8 a 0 sobre a China, na segunda-feira da semana passada, em amistoso disputado em Recife (PE), amenizou o clima e o treinador está escutando gritos de "burro" em Goiás. Uma derrota do Brasil pode, inclusive, agilizar um possível processo de "fritura" do treinador.
Procurando se manter distante dessas especulações, o treinador espera um jogo equilibrado contra a Argentina, já que as duas equipes estão sem as bases que costumam chamar, já que neste torneio só podem participar atletas que atuam nos dois países. "Será um jogo complicado, pela rivalidade e porque as duas equipes contam com jogadores de grande nível técnico. Como são bases que estão modificadas, é natural que os times sintam a questão do entrosamento, mas não acredito que isso possa comprometer tanto o espetáculo. A nossa expectativa é um jogo de bom nível", disse Mano.
Os jogadores consideram fundamental, em termos de conquista, um bom resultado no Brasil, pois entendem que o confronto da volta será mais complicado para os brasileiros. Por isso, querem o apoio da torcida. "Será um jogo muito equilibrado pela grandeza das duas equipes, mas tem um título em jogo e ninguém pretende perder. Precisamos muito do apoio de nossos torcedores neste primeiro jogo para que as coisas aconteçam bem em campo, já que no duelo da volta são eles que terão a torcida a favor", disse o meia Lucas, do São Paulo. No ataque, Leandro Damião pode ficar no banco, já que Mano pretende testar Luis Fabiano,.
Pelo lado da Argentina, o pensamento é o de conseguir um bom resultado no Brasil e o técnico Alejandro Sabella não descarta nem o empate, porém garante que sua equipe não entrará em campo pensando nisso. "Vamos em busca de um bom resultado", disse.
Mano Menezes joga sob a sombra de Luiz Felipe Scolari
A pressão no cargo de comandante da Seleção Brasileira está longe de ser uma missão fácil de se administrar. Ontem, um dia antes de dirigir o País contra a Argentina no Superclássico das Américas, o técnico Mano Menezes protestou em relação às cobranças de seu trabalho, colocado constantemente em dúvida na equipe verde-amarela. "Faz parte do papel do técnico suportar e estar preparado para não perder a linha de conduta, mas penso que está demais, precisamos trabalhar para que não seja tanto assim. Devemos entender que não é só o técnico que faz ou deixa de fazer uma equipe jogar", afirmou.
Para Mano Menezes, o técnico deve ser visto de forma mais limitada, como uma parte da engrenagem de um time de futebol. "Eu vejo que os jogadores são a parte mais importante. É possível um técnico contar com uma ótima equipe e encontrar dificuldades", emendou.
Mas, independentemente dos resultados, ele considera que todo o futebol brasileiro sofre com atitudes questionáveis de torcedores. "Algumas coisas estão sendo desrespeitosas, precisamos cuidar disso, até em função de atitudes dentro dos estádios", confirmou o treinador.
Desde que começou a colher os primeiros resultados negativos, Mano Menezes é questionado sobre a chance de Luiz Felipe Scolari assumir o seu cargo. Agora, a pergunta volta à tona principalmente porque o campeão mundial de 2002 está desempregado e já demonstrou vontade em trabalhar na Copa do Mundo de 2014.
Mano Menezes preferiu utilizar a ironia ao falar sobre Felipão. O atual técnico da Seleção lembrou, aliás, que o próprio colega de profissão passou recentemente por uma situação extremamente difícil no Palmeiras. "Os últimos episódios enriquecem a realidade de que somos todos parecidos, ganhamos, perdemos, somos contratados, somos demitidos", afirmou Mano Menezes.
*GAZETA PRESS
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