ECONOMIA
Projeção de inflação sobe no País
Brasília (AE) - Economistas consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram pela oitava semana seguida a projeção para a inflação no Brasil este ano. De acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), a estimativa passou de 5,19% para 5,2%. Para 2013, também houve alta, de 5,5% para 5,51%.
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pressionado o desempenho da economia
O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação. Essa meta tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.
A meta de inflação é um alvo do Banco Central que usa, como um dos instrumentos para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica, as alterações na taxa básica de juros, a Selic. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltou a reduzir a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, para 7,5% ao ano. A Selic vem sendo reduzida desde agosto do ano passado.
O boletim do Banco Central mostra que o mercado financeiro acredita que o BC fará mais um corte na taxa básica de juros, mas dessa vez a redução será de apenas 0,25 ponto porcentual. Analistas e economistas consultados pelo banco estimam que a Selic fechará o ano em 7,25%. Na semana passada, o Copom promoveu o nono corte seguido da taxa, colocando-a no menor patamar histórico: 7,5%.
No comunicado divulgado junto com a decisão, os diretores do BC deixaram a porta aberta para mais um corte, mas avisaram que se isso for feito, será com "máxima parcimônia". A indicação do BC de que será mais cauteloso também levou os analistas a esperarem um aumento maior dos juros no próximo ano para segurar a inflação. A taxa básica deve fechar 2013 em 8,50%, e não mais em 8,25%, como estava projetado até semana passada.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,32% para 4,38%, este ano, e de 4,71% para 4,8%, em 2013.
A expectativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 8,16% para 8,17%, este ano, e de 5% para 5,01%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção subiu de 7,85% para 8,03%, em 2012.
Mercado prevê PIB ainda mais fraco
Brasília (AE e Br) - Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram pela quinta semana consecutiva a previsão de crescimento da economis deste ano. A projeção, que chegava a 2% no final de julho, fechou agosto em 1,64%. Para 2013, a aposta se manteve em 4,50%, indicando recuperação.
O boletim divulgado ontem pelo BC foi o primeiro após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - principal termômetro para medir o crescimento econômico - cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. O ritmo foi considerado fraco por analistas e teria sido puxado pelo resultado negativo da indústria, pela queda nas exportações e baixa taxa de investimentos no país.
Segundo levantamento da Austin Rating, o Brasil só deve recuperar a sexta posição no ranking das maiores economias do mundo em 2015. Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo.
O estudo levou em consideração as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) tanto para a expansão do PIB quanto para o câmbio, de 2012 a 2015.
A economia brasileira cresceu menos do que o esperado em 2012, mas o câmbio teve um papel considerável na perda de posição no ranking das principais economias do planeta. Enquanto houve forte desvalorização do real frente ao dólar, a libra esterlina sofreu valorização em relação à moeda americana. O cenário não deve se alterar até o fim do ano, a menos que haja uma inversão na tendência do câmbio ou que a economia brasileira cresça mais do que os 2,5% esperados pelo FMI, e a economia britânica fique abaixo dos 0,2% de expansão no ano.
*TRIBUNA DO NORTE
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