quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Com apetite, Casas Bahia chega ao RN


Renata Moura - Editora de economia

A Casas Bahia, maior rede varejista de eletrodomésticos do Brasil, abre hoje a primeira loja em Natal, mas os planos para o Rio Grande do Norte não param por aí: a companhia pretende investir pelo menos R$ 10 milhões no estado para montar mais cinco unidades - três na capital, além de uma em Mossoró e uma em Parnamirim - até o próximo ano. O valor considera um gasto médio de R$ 2 milhões por loja, disse o presidente do conselho de administração da Viavarejo, holding que abriga as marcas Casas Bahia e Pontofrio, Michael Klein, em entrevista concedida ontem, por telefone, à TRIBUNA DO NORTE. A loja de estreia, em Natal, abrirá as portas no Midway Mall, a partir das 12h desta quinta-feira. 
Alex FernandesLoja no Midway Mall: unidade é maior do que a média aberta em outros shoppingsLoja no Midway Mall: unidade é maior do que a média aberta em outros shoppings

Resultado de um investimento de R$ 2,6 milhões, a unidade do Midway tem 2.500 metros de área, um tamanho acima da média (de 1.500 metros) das demais já implantadas em shoppings pela companhia. "Fizemos esta maior para ter um sortimento completo. Queremos que o público de Natal conheça tudo o que é possível ter dentro de uma loja nossa", disse Klein. "Também estamos prevendo que a loja de Natal tenha crescimento de faturamento maior ou similar ao que tivemos em Fortaleza (CE), onde a loja tem 1.600 metros e tivemos que mantê-la durante vários dias atendendo o dia inteiro para dar conta da demanda", acrescentou.

Em Natal, a meta de faturamento é R$ 1,5 milhão por mês na primeira unidade. Na região Nordeste - onde a Casas Bahia fincou bandeira em 2009 e concentra a maior parte dos investimentos em expansão - , a expectativa era alcançar R$ 700 mil por loja, mas a cifra tem chegado a R$ 1 milhão mensalmente. 

O tamanho de cada  unidade está entre os fatores que influenciam os números. Incentivos como redução das taxas de juros e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que ajudaram a reduzir prestações e a baratear produtos como eletrodomésticos, além do crescimento do número de habitações no país - na esteira principalmente do programa Minha Casa, Minha Vida - deverão, segundo Klein, ajudar a empresa a fechar este ano com um crescimento de dois dígitos, ao redor de 10%. "As novas lojas do Nordeste é que puxam esse crescimento", afirmou ele, acrescentando que não há uma estratégia diferenciada de preços na região. "Nossos anúncios são nacionais. A vantagem é comprar em Natal com preço de são paulo", observa ainda.

Foco da expansão é a região Nordeste

O Nordeste é o principal foco de expansão da Casas Bahia no país, de acordo com Michael Klein. Das 14 unidades já abertas  ou com previsão de inauguração até 1º de novembro, este ano, sete estão na região e o número deverá se multiplicar até dezembro, com a ajuda do Rio Grande do Norte. 

Só em Natal, a pretensão é abrir mais três lojas: uma em Ponta Negra, uma na avenida Rio Branco, na Cidade Alta, e outra no Alecrim. "Os pontos (em que vão funcionar as unidades) já estão fechados e serão inaugurados até o final deste ano, em dezembro ou no primeiro trimestre de 2013 (já que dependemos de andamento de obras - tem chuvas, imprevistos, etc). No entanto, a diretoria vai se esforçar para que elas sejam abertas até o final deste ano", informou a empresa, por meio da assessoria de imprensa. 

Em Mossoró e Parnamirim, as lojas começam a operar até o primeiro trimestre de 2013. A localização exata não foi divulgada, mas a reforma dos imóveis para abrigar as unidades já começou. "Pesquisas que realizamos indicaram que muita gente em Mossoró e Parnamirim  não vai à capital fazer compras. Por isso chegamos já de olho no interior", disse à TRIBUNA DO NORTE Michael Klein.

Ele acrescentou que, no Nordeste, a meta é dobrar o número de lojas nos próximos 14 meses. Não foram, porém, adiantados detalhes sobre possíveis localizações. Atualmente, a Casas Bahia tem 43 lojas na região. Apesar do nome que batiza a empresa, os primeiros passos dela foram dados fora da região: no município de São Caetano do Sul, em São Paulo.


*TRIBUNA DO NORTE

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