sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Nordeste tem a maior queda na mortalidade infantil do País, de 97,1% para 23,0%

Foto: Carlos Costa

Da Assessoria do IBGE

Entre as regiões, o Nordeste manteve a maior taxa de mortalidade infantil, apesar de também ter registrado a maior queda entre 1980 (97,1%) e 2010 (23,0%). A região Sul, que já tinha a menor taxa em 1980 (46,0%) manteve a posição em 2010, com 10,1%.

Entre os estados, foram observadas grandes variações. Em 2010, a menor taxa de mortalidade infantil era em Santa Catarina (9,2%) e a maior em Alagoas (30,2%). A maior queda na taxa no período foi registrada na Paraíba, de 117,1% para 22,9%.

Santa Catarina tem a menor taxa de mortalidade na infância, 11,2%

O mesmo comportamento da taxa de mortalidade infantil foi observado na mortalidade da infância (de crianças até cinco anos de idade). Em 2010, a taxa de mortalidade na infância foi de 19,4%, redução de 64,6% em relação a 1980, quando o valor era de 84,0%.

A menor taxa de mortalidade na infância foi observada em Santa Catarina, 11,2 óbitos de menores de cinco anos para mil nascidos vivos, enquanto a maior foi registrada em Alagoas, 33,2%.

Entre 1980 e 2010, a maior redução foi observada na Paraíba, onde 128,7 crianças menores de cinco anos deixaram de falecer para cada mil nascidos vivos, passando de 155,0% para 26,3% nesse período de 30 anos.

Mortalidade infantil caiu de 69,1‰ em 1980 para 16,7% em 2010

Em 1980, ocorriam no Brasil 69,1 óbitos de crianças menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos; chegando a 16,7 óbitos 30 anos depois. Neste período deixaram de morrer 52 crianças menores de um ano de vida para mil nascidos vivos, representando um declínio nos níveis de mortalidade infantil de 75,8%.

Entre os fatores que contribuíram para essa mudança, destacam-se: o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), a diminuição da desnutrição infanto-juvenil e um maior acesso da população aos serviços de saúde, proporcionando uma relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos nascidos vivos.

Também são notáveis as ações diretamente realizadas no intuito de reduzir a mortalidade infantil: campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, entre outras.

Em 30 anos, NE tem maior ganho na esperança de vida: 12,95 anos

A região Nordeste, que tinha a esperança de vida ao nascer mais baixa em 1980 (58,25 anos) teve, em 30 anos, um incremento de 12,95 anos nesse indicador, chegando, em 2010, a 71,20 anos, ligeiramente acima da região Norte, que anteriormente estava à sua frente (de 60,75 para 70,76 anos). Essa inversão se deveu principalmente ao aumento de 14,14 anos na esperança de vida das mulheres nordestinas, que foi de 61,27 anos para 75,41, enquanto que a das mulheres da região Norte aumentou 10,62 anos, de 63,74 para 74,36 anos.

Esse é um dos destaques da publicação “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação – 2010”, que o IBGE lança hoje (2/8/2013). Ela traz comparações com os indicadores das tábuas de 1980, apresentando um panorama das mudanças nos níveis e padrões de mortalidade no período de 30 anos.

Em 2010, entre as unidades da Federação, a menor esperança de vida ao nascer para ambos os sexos foi registrada no Maranhão, 68,69 anos. Em 1980, Alagoas detinha essa posição, com 55,69 anos, mas passou a 69,20 anos em 2010. Essa mudança se deveu principalmente ao aumento de 15,13 anos na expectativa de vida das mulheres alagoanas, que passou de 58,84 para 73,97 anos, enquanto que o Maranhão passou a ter a menor esperança de vida feminina no país, 72,77 anos. Entretanto, Alagoas manteve em 2010 a mais baixa expectativa de vida masculina (64,60 anos), marca que já tinha em 1980 (52,73 anos).

As mulheres alagoanas vivem em média 9,37 anos a mais do que os homens, consequência de ser o estado que apresentou a maior sobre mortalidade masculina no grupo de 20 a 24 anos, 7,4 vezes.

Entre as regiões, o Nordeste manteve a maior taxa de mortalidade infantil, apesar de também ter registrado a maior queda entre 1980 (97,1 mortos para cada mil nascidos vivos) e 2010 (23,0%). A região Sul, que já tinha a menor taxa em 1980 (46.0%) manteve a posição em 2010, com 10,1%.

Entre as unidades da Federação, em 2010, a menor taxa de mortalidade infantil estava em Santa Catarina (9,2%) e a maior, em Alagoas (30,2%). A maior queda na taxa no período foi registrada na Paraíba, de 117,1% para 22,9%.

A menor taxa de mortalidade na infância (probabilidade de um recém-nascido não completar os cinco anos de idade) também foi observada em Santa Catarina, 11,2 óbitos de menores de cinco anos para mil nascidos vivos, enquanto a maior foi registrada em Alagoas, 33,2%.

As Tábuas de Mortalidade usam dados dos resultados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuas_abreviadas_mortalidade/2010/default.shtm.

Esperança de vida das alagoanas coloca seu estado à frente do Maranhão em 2010

Entre as unidades da Federação, a menor esperança de vida ao nascer para ambos os sexos em 2010 foi registrada no Maranhão, 68,69 anos. Em 1980, Alagoas detinha essa posição, com 55,69 anos, mas passou a 69,20 anos em 2010. Essa mudança se deveu principalmente ao aumento de 15,13 anos na expectativa de vida das mulheres alagoanas, que passou de 58,84 para 73,97 anos, enquanto que o Maranhão passou a ter a menor esperança de vida feminina no país, 72,77 anos. Entretanto, Alagoas manteve em 2010 a mais baixa expectativa ao nascer masculina (64,60 anos), marca que já tinha em 1980 (52,73 anos).

O maior acréscimo na esperança de vida no período de 30 anos foi registrado no Rio Grande do Norte, 15,85 anos para ambos os sexos, 14,65 para homens e 17,03 para as mulheres.

Já a maior expectativa de vida para ambos os sexos em 1980 era a do Rio Grande do Sul (67,83 anos) e passou a ser de Santa Catarina em 2010 (76,80 anos), estado que também apresentou as maiores esperanças de vida masculina (73,73 anos) e feminina (79,90 anos) em 2010.

Em Alagoas, homens de 20 anos têm 7,4 vezes mais chances de não chegar aos 25 anos do que mulheres

A diferença entre as esperanças de vida ao nascer das mulheres e dos homens foi de 7,17 anos em 2010. Em 1980, essa diferença era de 6,07 anos. A sobremortalidade masculina ficou evidente em todas as faixas etárias em 2010, com pico no grupo de 20 a 24 anos: a probabilidade de um homem de 20 anos não chegar aos 25 era 4,4 vezes maior do que esta mesma probabilidade para a população feminina.

Em 2010, a maior diferença das expectativas de vida ao nascer entre homens e mulheres foi encontrada em Alagoas. As mulheres alagoanas vivem em média 9,37 anos a mais do que os homens, consequência de Alagoas ser o estado que apresentou a maior sobremortalidade masculina no grupo de 20 a 24 anos, 7,4 vezes a mortalidade de mulheres na mesma faixa etária. Em 1980, essa diferença era de 1,7 vez, uma das mais baixas do país. Naquele ano, a maior sobremortalidade masculina nesse grupo etário havia sido foi registada no Rio de Janeiro (3,0 vezes).

Jornal de Fato

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