DE BRASÍLIA
O depoimento do petista foi dado em Brasília, na condição de testemunha.
Segundo a Folha apurou, Lula não relatou grandes novidades. Ele aproveitou compromissos na capital para atender ao pedido da PF.
O encontro, contudo, não foi divulgado por sua assessoria de imprensa.
Em setembro deste ano, a Folha mostrou que a Polícia Federal tentava, desde fevereiro deste ano, colher declarações do ex-presidente.
Lula negou, naquele momento, ter recebido qualquer convite nesse sentido.
"Não sei como vocês ficam sabendo de uma notificação que eu não recebi. Não sei se é o editor, o redator, sinceramente não sei", afirmou ele à época, prontificando-se a ajudar caso fosse chamado.
Em 2012, novos depoimentos dados pelo operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza, motivaram ao menos dois inquéritos adicionais sobre o caso.
Em suas afirmações à época, o empresário acusou Lula de saber da existência do esquema e de ter se beneficiado pessoalmente dele.
Naquele ano, Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma.
Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo (STF) Supremo Tribunal Federal, mas as penas ainda não haviam sido definidas. Valério continua detido em Minas Gerais, onde cumpre sua pena de mais de 37 anos de prisão.
INQUÉRITOS
Os dois inquéritos policiais tramitam em Brasília e em Minas Gerais.
Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Pelo menos dois já foram arquivados.
Nos bastidores, aliados de Lula reclamam de vazamentos sobre o assunto, argumentando que divulgações sem autoria têm o objetivo de desgastá-lo.
Eles lembram que o ex-presidente não é investigado no caso. Seu depoimento deve finalizar pelo menos um dos inquéritos abertos.
Folha de São Paulo
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