segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BB e Correios unem-se para explorar outros serviços no Banco Postal

O Banco do Brasil e os Correios anunciam hoje uma joint venture para criar definitivamente o Banco Postal. O BB já tem uma concessão para atuar nas agências de correios como correspondente bancário, o que restringe a ampliação dos negócios.

Além de serviços de pagamento e recebimento, o BB passará a explorar um leque maior de operações, como seguros, outras linhas de crédito, capitalização, cartões pré pagos e consórcios.

As duas partes assinam o memorando de entendimentos para promover estudos e obter licenças antes de instituir o banco, segundo a coluna apurou.

Não há desembolso financeiro previsto por ora, pois será usada a estrutura atual. As receitas e as despesas serão divididas. A intenção inicial é que BB e Correios tenham participações societárias iguais. A conclusão dos estudos deverá ocorrer no segundo semestre de 2014.

A implantação do novo modelo dependerá da autorização de Banco Central, Cade e ministérios. Afora melhorar a inclusão bancária, o Banco Postal poderá ajudar a reduzir gastos e desafogar o atendimento no BB, o que tende a elevar a sua produtividade.

Os Correios têm mais de 6 mil agências (sem as franqueadas), número semelhante ao de unidades do BB, que passará a operar nas franquias. A capilaridade dos Correios é maior. Está em 100% dos municípios brasileiros. O BB venceu o leilão pelo Postal em 2011, com lance de R$ 2,3 bilhões, e começou a operá-lo em janeiro de 2012.
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EXPANSÃO DE POLO TECNOLÓGICO EM MG TERÁ APORTE DE R4 480 MILHÕES

O BH-Tec (Parque Tecnológio de Belo Horizonte) irá conceder à iniciativa privada o direito de construir e operar cinco edifícios que serão usados na expansão do local. As obras irão demandar investimentos estimados em cerca de R$ 480 milhões.

Editoria de arte/Folhapress
O grupo vencedor da concessão terá de construir os prédios e poderá explorá-los pelo prazo de 30 anos. "A remuneração [da concessionária] virá dos aluguéis que serão cobrados dos futuras inquilinos", afirma Ronaldo Tadeu Pena, diretor-presidente do parque.

O grupo vencedor será o que propuser o pagamento do maior valor de taxa de outorga, com piso fixado em R$ 1,7 milhão por ano.

O objetivo da expansão é criar mais espaço para empresas que têm projetos inovadores --hoje são 17 em operação. Só no primeiro dos cinco prédios, a expectativa é que sejam abertas cem novas vagas.

O BH-Tec é quem vai definir as companhias que poderão ser alojadas --70% dos imóveis serão ocupados por grupos de tecnologia. "Nos 30% restantes do espaço, a concessionária poderá alugar para empresas de apoio, como restaurantes e escritórios de contabilidade."

O parque tem como gestores a UFMG, o governo de Minas, a Prefeitura de Belo Horizonte, a Fiemg (federação das indústrias) e o Sebrae-MG.
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VAREJO DESTEMIDO

Depois de criar marcas de sucesso como Workout e Le Lis Blanc, na qual permanece apenas como sócia investidora, Traudi Guida afirma que o varejo de moda está muito difícil.

"Está todo muito com medo, mas em época de crise tem de ser arrojado para que o consumidor se apaixone. As vitrines estão uma pobreza", diz ela.

Por isso, em sociedade com o filho Bento Guida (que saiu do mercado financeiro), Traudi acaba de fundar a SouQ, uma loja de presentes inspirada em outros mercados, os árabes, onde se vende de tudo um pouco.

"Tem pipoca, acessórios femininos, de decoração, papelaria... uma pincelada de moda, só 10%", lista ela. "É uma loja em que se pode entrar só para ver e sair com presentes, alguns com toque de humor, para a amiga, o namorado ou você mesma."

São mais de mil itens selecionados por Traudi e "infelizmente" importados, frisa a empresária. "Os artigos nacionais estão caros e ruins." Os preços vão de R$ 2 a R$ 2.500 e o ticket médio da loja é de R$ 110.

A expectativa é abrir outras duas lojas, além da unidade localizada no shopping JK (em São Paulo), de acordo com Bento. "Nosso grande diferencial é a experiência de compra. Não vendemos apenas objetos, mas uma ideia, um estilo", complementa.

Bruno Poletti-19.nov.13/Folhapress
Os empresários Bento e Traudi Guida, em loja em São Paulo
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UNIMED DE SP ASSUME GESTÃO DE HOSPITAL NO INTERIOR

A Unimed Paulistana, operadora de saúde que atua na região metropolitana de São Paulo, assumiu a gestão do Hospital Mantiqueira, no município de Bragança Paulista. A unidade hospitalar pertence à Unimed Bragança.

Editoria de Arte/Folhapress
O negócio não envolveu valores, segundo a cooperativa da capital paulista, mas poderá resultar em uma fusão entre os grupos no futuro. "A operadora local não vinha conseguindo manter o uso total da unidade", afirma Paulo José Leme de Barros, presidente da Unimed Paulistana.

O hospital tem 75 leitos, mas hoje funciona com apenas 25% de sua capacidade. Com o acordo, o grupo paulistano vai atender clientes próprios no local, mas também manterá o recebimento de pacientes que possuem o plano de saúde do município.

"Para nós é um negócio estratégico porque já temos aproximadamente 20 mil usuários na região de Bragança Paulista", diz Barros. Ao todo, a operadora de saúde tem 850 mil clientes, segundo o presidente.

Além do atendimento aos conveniados, o hospital deverá firmar contratos com prefeituras da região para o recebimento de pacientes do sistema público de saúde.

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DE OLHO NO QUINTAL

Quase oito em cada dez brasileiros dizem concordar que, dada a situação atual da economia do país, o governo precisa se concentrar menos no mundo e mais em questões domésticas, segundo pesquisa feita pela Ipsos.

Editoria de Arte/Folhapress
Do total de entrevistados pela empresa no Brasil, 77% defenderam essa atitude. O percentual ficou próximo da média global, de 78% dos ouvidos em 23 países. África do Sul, Hungria e Estados Unidos tiveram os maiores índices: 91%, 88% e 88%, respectivamente.

Na outra ponta, Suécia (44%) e Alemanha (68%) apresentaram os percentuais mais baixos dos que consideram que temas internos devem ser priorizados.

A maioria dos entrevistados no mundo (79%), no entanto, afirma que os países devem ajudar outras localidades que enfrentam dificuldades, tais como fome ou desastres naturais.

No Brasil, a parcela dos que disseram concordar com o auxílio foi de 82%. Foram entrevistadas para o estudo 18.083 pessoas, das quais cerca de mil brasileiros, entre 1º e 15 de outubro.
com LUCIANA DYNIEWICZLEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
mercado aberto
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Folha de São Paulo

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