Substância supostamente cancerígena é encontrada em excesso; empresa já se adequou às determinações
A produtora de aguardente cearense Ypióca e outras cinco marcas nacionais foram reprovadas no estudo realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) devido à alta quantidade de carbamato de etila, uma substância suspeita de causar câncer.
As amostras da aguardente envelhecida Ypióca Prata acusaram presença de 290 microgramas de carbamato de etila por litro. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu em 2005 a tolerância máxima de 150 microgramas de carbamato de etila por litro da bebida. Contudo, os fabricantes têm até 2014 para se adequar.
Limite é mais rígido em vários países
No Canadá, por exemplo, o limite de 150 microgramas por litro foi estipulado desde a década 1980, em bebidas destiladas. O valor também foi adotado pela França, República Tcheca, Alemanha e Estados Unidos.
A substância é classificada como provável agente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc). A suspeita é baseada em estudos realizados com cobaias, que, expostas a diferentes doses de carbamato de etila, apontaram o aumento na incidência de tumores
A Proteste, realizadora do estudo, considerou “inadmissível” o prazo de nove anos para as empresas entrarem em conformidade com a determinação ministerial.
Ypióca diz que já está adequada
Por meio de nota, a Ypióca Bebidas esclareceu que, desde agosto de 2012, o teor de carbamato de etila está abaixo do índice determinado. Segundo a empresa, o lote da amostra utilizada para a análise é de 7 de março, data anterior à adequação.
A ingestão de uma dose de aguardante não significa que o consumidor já está pré disposto a desenvolver câncer, segundo o estudo. Contudo, é recomendável que a substância seja consumida em pequena quantidade.
Diário do Nordeste
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