Fabiano Souza/Da redação
Prefeitos de diversos municípios comunicam oficialmente que, não vão investir nenhum recurso publico na realização dos festejos de Carnaval deste ano. Os prefeitos confirmaram ao Jornal De Fato que não vão patrocinar a realização do Carnaval porque não existem recursos disponíveis para a realização de eventos. Além disso, eles alegam que o fato dos municípios se encontrarem em Estado de Emergência em consequência da seca, foram orientados, a destinar todos os recursos que poderiam ser utilizados no Carnaval para minimizar os efeitos da estiagem junto a população.
O prefeito de Almino Afonso, Lawrence Amorim disse que recebeu orientação do Ministério Publico e da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) para evitar qualquer tipo de gasto com o Carnaval. “Nossa cidade está prestes a entrar em colapso por consequência da seca. O açude que abastece nossa cidade está com nível muito baixo. Os recursos que forem obtidos pela prefeitura serão destinados a reduzir os impactos da seca”, declara.
Situação ainda pior vive o prefeito de Felipe Guerra, Haroldo Ferreira, que recebeu a prefeitura sem dinheiros e totalmente desestruturada. Haroldo já disse que os recursos que forem chegando as contas do município serão destinados a reestruturação da maquina publica. ”Chegamos a prefeitura sem dinheiro em caixa, com muitos débitos com servidores e fornecedores e sem condições de funcionamento de serviços básicos. Dessa forma não temos como pensar em investimentos para o Carnaval”, esclarece.
Ele disse ainda, que a prefeitura não dispõe de nenhum veículo em condições de uso. “Existe apenas uma ambulância velha e trator sem condições de uso. Essa é a frota da prefeitura”, revela.
Apesar de receber um grande volume de recursos dos royalties, o município de Guamaré é outro que não vai promover o Carnaval.
O Hélio Willamy, o Helio de Mundinho (PMDB), publicou Decreto Municipal de nº 002/2013, anunciando que não haverá investimento para realização de Carnaval de rua na cidade. O prefeito disse que está levando em consideração vários fatores, a deficiência do abastecimento de água na cidade e as recomendações feitas pelo Ministério Publico Estadual (MPE), e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ele acrescenta que mesmo com uma arrecadação acima da média, a gestão não pode deixar de priorizar a solução dos problemas que afligem a população.
“Não adianta fazer carnaval desobedecendo à recomendação judicial e faltando água na cidade”, afirma o prefeito.
Embora o Carnaval de Lajes seja considerada, a festa mais tradicional da cidade na região central do RN, o prefeito Benes Leocádio já oficializou que não vai investir nenhum recursos publico na realização do evento. Benes que também preside a Femurn está emitindo orientação aos municípios em Estado de Emergência a seguirem a orientação do MP e TCE para não investirem recursos públicos na promoção de eventos. “Com a perspectiva de redução de receita nos municípios nesse inicio de ano não é recomendável a realização de gastos em evento festivos”, disse o prefeito.
A prefeita de Santana do Matos, Lardjane Ciriaco (DEM), também oficializou a não realização do carnaval.
Jornal De Fato
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