A investigação da Polícia Federal que apura o boato sobre o fim do programa Bolsa Família mostra que rádios do interior do país e ligações feitas pelo celular foram as responsáveis por replicar o efeito viral da falsa notícia.
A repercussão da falsa notícia levou a uma corrida dos beneficiários a caixas eletrônicos no fim de semana, causando tumultos em agências da Caixa Econômica Federal em
13 Estados.
Os investigadores trabalham para identificar as fontes das primeiras notícias transmitidas nas rádios locais e rastrear as ligações feitas para tratar do boato que levou milhares de pessoas aos bancos. O foco principal da investigação da PF durante esses primeiros dias tem sido descobrir a origem do boato e quem foram os primeiros sacadores do benefício nas agências da Caixa nos Estados do Pará, Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro.
Os primeiros beneficiários do programa a retirar o dinheiro nesses quatro Estados, tanto na sexta-feira, 17, quanto no sábado, 18, serão chamados para explicar como receberam primeiramente a notícia. Eles deverão ser ouvidos a partir da semana que vem.
Filas após boato de fim do Bolsa Família
Polícia foi chamada para conter tumulto na agência da Caixa de Queimados (RJ)
provocado por boato sobre Bolsa Família
Segundo a Caixa, instituição que opera o Bolsa Família, o programa registrou 900 mil saques no valor de R$ 152 milhões durante o fim de semana.
Autoridades flagraram ao menos cinco versões para os boatos: greve de servidores da Caixa; bônus de Dia das Mães; repasse extra de R$ 300; fim do Bolsa Família e a suspensão temporária do benefício em razão da visita do papa Francisco --este circulou sobretudo pela região da Baixada Fluminense. (MATHEUS LEITÃO)
FOLHA DE SÃO PAULO
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