quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dólar fecha com o maior preço dos últimos quatro anos

O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou ontem (12) em alta de 0,36%, cotado em R$ 2,149 na venda. É a maior cotação da moeda americana desde cinco de maio de 2009, quando valia R$ 2,153.

Júnior Santos
O saldo da entrada e saída de dólares ficou positivo em US$ 1,568 bilhão, 
de acordo com o BC

O dólar comercial, que é utilizado no comércio exterior, fechou a quarta-feira cotado em R$ 2,154 na venda, valorização de 0,84% em relação ao fechamento de terça-feira (11). 

Para conter a desvalorização do Real, diante do Dólar, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1% sobre a posição vendida líquida (diferença entre posição vendida e posição comprada bruta) no mercado de derivativos cambiais. A cobrança se dava sobre o aumento na posição vendida ou redução na posição comprada. A medida entra em vigor hoje, 13.

“Quando você fica vendido, significa que você vai ter de entregar dólar, então você ajuda a desvalorizar o dólar. Em 2011, os aplicadores estavam vendidos e o dólar estava se desvalorizando e o real se valorizando. Havia aumento de posição vendida, de modo que estava prejudicando a atividade, porque as exportações estavam ficando caras em dólar”, afirmou o ministro a jornalistas, ao detalhar a decisão.

Mantega afirmou que o objetivo, na época, era diminuir essa posição de modo que a valorização do real não fosse reforçada. “Agora, o cenário mudou. Principalmente diante dessa acomodação do mercado cambial mundial. Estamos tendo, ao invés de desvalorização, valorização (do dólar). Não faz sentido manter o empecilho”, disse. “Com isso, haverá, oferta maior de dólar no mercado futuro, com diminuição da desvalorização do real”, completou.

Ainda sobre IOF, Mantega informou que a única aplicação desse imposto para influenciar o mercado de câmbio que continua em vigor é a alíquota de 6% sobre empréstimos no exterior por empresas com prazo de até 360 dias. “É o único IOF que permanece daquelas medidas que foram colocadas (anteriormente).”

TRIBUNA DO NORTE

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