Bonucci chuta por cima do gol de Casillas e dá a classificação para Espanha
Bruno Freitas, José Ricardo Leite e Pedro Ivo Almeida
Do UOL, em Fortaleza
O adversário do Brasil na decisão da Copa das Confederações saiu nesta quinta-feira no dramático clássico europeu entre Espanha e Itália, em temperatura escaldante no estádio Castelão, em Fortaleza. Depois de igualdade de 0 a 0 em 120 minutos eletrizantes, os espanhóis ficaram com a vaga na final nos pênaltis, quando foram perfeitos e contaram com o chute no desperdiçado de Bonucci. Placar final, 7 a 6.
A decisão por pênaltis teve direito à cavadinha de Candreva e acabou apena na sétima cobrança, graças ao chute de Bonucci por cima e muito longe. No fim, Jesus Navas converteu a cobrança definitiva.
Vencedora em Fortaleza, a Espanha leva o seu favoritismo à decisão contra o Brasil no domingo. A final da Copa das Confederações acontece no Maracanã, às 19h (de Brasília). No mesmo dia Uruguai e Itália jogam em Salvador pelo terceiro lugar.
Espanhóis e italianos carregaram para o campo de Fortaleza as memórias ainda frescas da final da Euro de 2012, em Kiev, quando a Fúria passou por cima dos rivais, com goleada por 4 a 0. Mas, logo no primeiro tempo, as lembranças da Ucrânia ficaram para trás, com a Azzurra surpreendentemente colocando os favoritos em posição de desconforto.
Desfalcada de Mario Balotelli, que sofreu uma lesão e voltou para casa antes do fim do torneio, a Itália mudou sua formação tática para jogar com três zagueiros: Barzagli, Chiellini e Bonucci. E quem esperava que os tetracampeões fossem uma presa fácil para a melhor seleção do momento acabou contrariado pela corajosa estratégia de contragolpe do técnico Cesare Prandelli.
Por sua vez, a Espanha começou a partida com duas novidades em relação ao último compromisso na Copa das Confederações, com as entradas de David Silva e Fernando Torres. Os campeões mundiais começaram o jogo com lentidão, sem criatividade diante da linha de defensores italianos. Durante o jogo, acusaram o desgaste por causa do calor severo do Ceará.
A Itália jogou com o apoio da torcida no Castelão desde o início e foi para o ataque usando as bolas em velocidade pelas laterais, com Maggio e Giaccherini, em estratégia semelhante à usada pela Nigéria contra os espanhóis na primeira fase.
Apesar de lidar com o domínio de posse de bola espanhol, os italianos foram melhores no primeiro tempo e tiveram mais oportunidades de gol. Neste contexto, Iker Casillas precisou fazer boas defesas para preservar a igualdade no placar.
Aos 16min, Maggio recebeu lançamento longo por trás da zaga e tentou tirar de Casillas com a cabeça, mas o goleiro espanhol praticou grande defesa. Dois minutos depois De Rossi quase marcou, desviando de cabeça em jogada de bola parada.
Mais adiante, aos 35min, Giaccherini acionou Maggio pelo alto, mas novamente Casillas evitou o primeiro gol italiano que defesa à queima-roupa. A Espanha respondeu no minuto seguinte, quando uma ação vertical alcançou Torres na área. O atacante girou diante da marcação de Barzagli, mas errou o alvo. Mas o goleiro do Real Madrid voltou a trabalhar aos 42min, com um soco num chute forte de De Rossi.
A Itália voltou ao no segundo tempo com Montolivo na vaga de Barzagli, mas não abdicou da formação com três zagueiros, graças ao recuo de De Rossi. Na Espanha, Jesus Navas substituiu David Silva e conseguiu dar uma renovada criativa no ataque do time, abrindo a marcação até a ponta direita.
Afetados pelo calor cearense, as duas seleções diminuíram o ritmo e as chances de gol caíram junto. Muito desgastadas, as seleções europeias não conseguiram evitar a continuação da disputa na prorrogação.
Logo no início da prorrogação Giaccherini fez a trave de Casillas balançar com um chute potente de primeira. Na resposta, Jordi Alba perdeu gol na frente de Buffon, após passe magistral de Iniesta. Na segunda etapa foi a vez de Xavi acertar o poste. A Espanha apertou, mas não conseguiu o gol e teve de encarar a penalidades.
Nas cobranças de pênalti, Xavi, Iniesta, Piqué, Sergio Ramos, Juan Mata, Busquets e Jesús Navas garantiram o 100% de aproveitamento para a finalista Espanha, já pela Itália, antes de Bonucci desperdiçar a cobrança decisiva, Candreva, Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Motolivo tinham convertido.
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