domingo, 9 de junho de 2013

Novo cálculo da obesidade

Isaac Ribeiro - Repórter

Reviravolta no cálculo do Índice de Massa Corporal, também conhecido como IMC e que sempre serviu para avaliar se uma pessoa é obesa e se está sob risco de desenvolver alguma doença metabólica. Antes, a fórmula era simples, pois apenas dividia-se o peso pela altura elevada ao quadrado. A gordura corporal ficava fora, mascarando o resultado final. Com a nova proposta e a inclusão desse componente, o resultado é mais fidedigno, mais próximo da realidade.

Divulgação
Cálculo do Índice de Massa Corporal ganhou outra fórmula

Na verdade, existem dois cálculos propostos. Matemáticos da Universidade Oxford, na Inglaterra, sugerem a fórmula: 1,3 multiplicado pelo peso em quilos, dividido pela altura, em metros, elevada a potência de 2,5.

A outra fórmula proposta vem da USP de Ribeirão Preto, São Paulo. O cálculo: 3 x peso (em kg) + 4 x percentual de gordura, dividido pela altura (em cm). 

Para se obter esse percentual de gordura, tão fundamental para uma avaliação mais precisa, é preciso submeter o paciente a um equipamento chamado de aparelho de impedância, onde são passadas informações como os índices de massa magra (muscular) e a massa gorda. 

O educador físico, Márcio Mousinho, especializado em Fisiologia do Exercício, acredita não ser a fórmula antiga a ideal para a população atual, pois excluiu a gordura. Ele comenta ainda o fato de, em outros países, já está sendo estudada a relação do quadril na fórmula do IMC. “Isso também é um ponto positivo, porque vai mostrar a gordura, que é o que estamos preocupados e que somente o IMC tradicional não mostra.”

No cálculo “clássico” os resultados eram classificados da seguinte forma: até 18,5, abaixo do peso; 18,6 a 24,9, normal; 25 a 29,9, sobrepeso; acima de 30, obesidade. Na fórmula da USP, de 1,35 a 1,65 significa estar abaixo do peso; 1,65 a 2, normal; mais que 2, obesidade.

A nutróloga Andréia Maia, que realiza o teste de bio-impedância em seu consultório, é a favor das novas fórmulas propostas, principalmente a da USP. Mas não acredita que uma nova fórmula não seja adotada imediatamente. “Uma pessoa com IMC 29, pode ser considerada obesa no cálculo anterior; porque está sendo levado em consideração apenas a fração do peso e da altura. Mas não é a mesma coisa essa composição corporal com o mesmo IMC em um paciente atleta”, afirma a nutróloga. “O novo índice é muito importante porque ele vai considerar a massa magra que está diminuída desse índice de gordura.”

TRIBUNA DO NORTE

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