Oito homens escaparam do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Ribeira, na zona Leste da cidade, mas um deles foi recapturado. A fuga ocorreu por volta da meia noite de ontem, segundo o sargento Rogério, que faz a guarda no local. Os oito detentos, ainda de acordo com o sargento da PM, fizeram um buraco no teto de uma das celas, por onde escaparam.
Um deles foi recapturado nas proximidades da Pedra do Rosário, próximo ao Passo da Pátria. Os demais permanecem soltos. A polícia segue em diligências para tentar encontrar os outro sete homens, mas até o fechamento desta edição nenhum deles havia sido preso.
O CDP Ribeira já foi alvo de várias fugas e algumas rebeliões este ano. No dia 21 de abril, um domingo, os agentes penitenciários conseguiram conter uma rebelião de presos, que durou cerca de duas horas. Os detentos chegaram a atear fogo em colchões e danificar a estrutura de algumas celas.
Na época, um dos agentes carcerários disse à TRIBUNA DO NORTE que o tumulto começou por volta das 19h, quando os funcionários do CDP iniciaram uma contagem dos presos. Os 110 homens encarcerados não permitiram a ação dos agentes, começando o motim. Ainda de acordo com o relato do agente penitenciário, cerca de 20 detentos estavam drogados e não atendiam as solicitações de negociação. Para conter a rebelião foi necessária a intervenção do GOE – Grupo de Operações Especiais – e da PM para o fim da rebelião.
Em inspeção nas cadeias públicas, durante o Mutirão Carcerário, o juiz Esmar Custódio Vêncio Filho definiu a situação da unidade como precária e recomendou a interdição. “Esse Centro de Detenção não tem a mínima condição de abrigar presos, além de oferecer perigo aos moradores do bairro”, disse o juiz á época. Além dos problemas estruturais, a unidade possui muros muito baixos, que não garantem a segurança. O CDP também sofre por conta da superlotação. Onde deveriam viver 55 detentos, vivem 95.
TRIBUNA DO NORTE
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