Brasília (AE e ABr) – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da chamada “linha branca” e móveis. Os produtos estavam com o imposto reduzido desde fevereiro de 2012. O benefício, no entanto, expira no domingo (30) e a partir da segunda-feira o imposto voltará gradualmente ao patamar antigo. As novas alíquotas valerão até o fim de setembro.
Magnus Nascimento
Máquinas de lavar permanecerão com a atual alíquota, 10 por cento, mas outros itens terão o IPI elevado
Mantega garantiu que o varejo e a indústria de móveis e eletrodomésticos de linha branca farão um esforço para absorver a recomposição das alíquotas de IPI sem que haja um aumento de preços para o consumidor.
Com o fim do benefício, a partir da segunda-feira, 1º, a alíquota do fogão, que hoje é 2%, passa para 3% e valerá até setembro. Para tanquinho, a alíquota de 3,5% passa para 4,5%. Para refrigerador e congelador, os 7,5% passam para 8,5%. Para máquinas de lavar, o imposto está definitivamente mantido em 10% desde o ano passado. Móveis em geral, que têm alíquota de 2,5%, passarão a ter 3%. Para painéis, o valor de 2,5% passa para 3%. Laminados, com alíquota de 2,5%, terão IPI de 3%.
A alíquota de luminárias, que hoje é de 7,5%, passará para 10%. No caso dos papeis de parede, a mudança é de 10% para 15%. O ministro lembrou que a recomposição das alíquotas começou neste ano. “Em fevereiro, já demos um primeiro passo e já fizemos recomposição parcial das alíquotas”, lembrou Mantega.
Preços
De acordo com o ministro, o varejo e a indústria farão um esforço para absorver a recomposição das alíquotas. O compromisso, acrescentou, tem o objetivo de não prejudicar as vendas e nem causar impacto na inflação. “Os setores vão procurar absorver o aumento de tarifas. Farão esforço para manter os preços atuais”, disse Mantega.
Ainda assim, afirmou o ministro, os empresários se queixaram do aumento de custos de alguns insumos e componentes. “Ficamos de estudar o que fazer para impedir que haja um aumento de custos para a produção que possa ser repassado para o consumidor final. O nível de vendas desses produtos teve crescimento moderado nesses primeiros cinco meses do ano e, portanto, deve continuar tendo esse desempenho”, completou.
Mantega ressaltou que não existe mais espaço fiscal para novas desonerações, como as pedidas por produtores de aço na última terça-feira (25). “Temos de colher frutos das desonerações aplicadas e em curso, mas também temos de melhorar a arrecadação e o desempenho fiscal. Em função disso, novas desonerações não estão previstas”, acrescentou.
TRIBUNA DO NORTE/(AE e ABr)
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