quarta-feira, 26 de junho de 2013

Em dia de Paulinho, Brasil vence catimba uruguaia e vai à final

Paulinho Paulinho parte para a comemoração ao fazer o segundo gol do Brasil contra o Uruguai

Do UOL, em Belo Horizonte

Foi da forma mais emocionante possível. Com pênalti defendido no início, gol no final e vitória sobre o algoz de 1950, a seleção brasileira está na final da Copa das Confederações. O Brasil venceu o Uruguai no Mineirão por 2 a 1 e agora enfrenta no próximo domingo, no Maracanã, o vencedor de Itália x Espanha.

Os destaques habituais da seleção desta vez deram espaço a Júlio César e Paulinho. O goleiro teve nesta quarta-feira seu melhor momento na seleção desde a Copa de 2010, quando falhou contra a Holanda. No Mineirão, o camisa 12 defendeu o pênalti de Diego Forlán quando o Uruguai era melhor no jogo.

Já Paulinho se firma cada vez mais como imprescindível ao meio-campo da seleção. Quando o Brasil já se conformava em ir para o intervalo com um empate sem gols, o volante acertou belo lançamento no peito de Neymar em lance que originou o gol de Fred. No fim do jogo, subiu mais alto que a defesa para confirmar a vitória do time de Luiz Felipe Scolari.

Eficiente nos jogos da primeira fase, a “blitz” da seleção brasileira nos primeiros 15 minutos de jogo não foi repetida. O time de Luiz Felipe Scolari não conseguia ter a posse de bola, muito menos atacar. Os uruguaios eram mais eficientes, cadenciavam o jogo e mantinham a bola no campo de defesa do Brasil.

Fred comemora com a torcida ao abrir o placar para o Brasil contra o Uruguai no Mineirão; Brasil venceu por 2 a 1 e se classificou para a final da Copa das Confederações EFE/PETER POWER

O público tampouco reagia como nas partidas da primeira fase. Nas arquibancadas o que se via eram alguns momentos de motivação que contrastavam com outros de silêncio absoluto. O clima tenso dentro de campo refletia na torcida.

Após uma cobrança de escanteio, aos 10 minutos de jogo, o Mineirão calou de vez. Forlán levantou a bola na área e David Luiz puxou a camisa de Lugano, que caiu. O árbitro marcou pênalti.

O silêncio virou vaia. Primeiro, para o juiz, e depois direcionadas a Forlan, cobrador do Uruguai. O meia-atacante chutou no canto esquerdo de Júlio César. O goleiro pulou bem e tocou a bola para fora. O que se ouviu depois foi uma comemoração mais forte até mesmo que a de um gol.

A defesa mudou a atitude da seleção, que passou a conseguir chegar no campo de ataque. O primeiro chute ao gol do Uruguai só ocorreu aos 16 minutos, quando Oscar bateu de fora da área.

O Brasil até passou a ter mais posse de bola, mas penava para criar chances de gol. O forte sistema defensivo dos uruguaios atrapalhava a ousadia brasileira. Compactado, com uma linha de quatro defensores atrás e até o trio de frente, com Forlan, Cavani e Suarez, marcando, o time de Felipão encontrava muita dificuldade.

Foi dos pés de Paulinho que a seleção conseguiu furar a defesa uruguaia. Aos 40 minutos de jogo, o volante deu lançamento longo para Neymar, já dentro da área. O atacante tirou o goleiro da jogada e a bola sobrou para Fred abrir o placar. Pelo que conseguiu fazer no primeiro tempo, o 1 a 0 era goleada.

O segundo tempo começou na pior maneira possível para o Brasil. No primeiro lance de ataque após o intervalo, os uruguaios tabelam e chegam à área. David Luiz tenta afasta, mas bola sobra para Thiago Silva que toca errado, no pé de Cavani. O atacante chuta de esquerda , no canto, sem chance para Júlio César.

O que se viu depois do empate foi um Brasil muitas vezes afoito, tentando chegar ao desempate e o Uruguai aproveitando lances de contra-ataque. Aos 19 minutos, Felipão mexeu pela primeira vez no time. Hulk foi sacado para a entrada de Bernard.

Só a confirmação de que o atleticano teria uma chance já mudou o ambiente do Mineirão, até então calado com o empate. Três minutos depois de entrar, Bernard provou que a substituição não foi apenas uma estratégia de Scolari para ganhar a massa. Após avançar pela direita, ele driblou o zagueiro e cruzou para Fred chutar por cima do gol.

O gol da vitória, porém, só saiu nos minutos finais. Após cobrança de escanteio de Neymar, Paulinho subiu mais que todo mundo e marcou. O Brasil estava garantido na final da Copa das Confederações.


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